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CRISE CARCERÁRIA
Em Mogi Mirim, quatro fugiram e os outros presos fizeram uma rebelião
40 escapam da cadeia em Limeira
free-lance para a Folha
Um grupo de 40 dos 172 presos
da Cadeia Pública de Limeira (56
km de Campinas) fugiu na madrugada de ontem por um túnel de 10
metros de comprimento.
O buraco ligava a cadeia a uma
casa vizinha, onde ninguém morava. Segundo a polícia, a casa já foi
utilizada pelos presos em quatro
fugas anteriores.
A polícia descobriu que a casa
era utilizada como rota de fuga,
pois foram encontradas roupas e
sapatos dos presos no local.
A polícia conseguiu recapturar
16 detentos minutos depois da fuga. Outros dois foram pegos na
manhã de ontem, totalizando 18 o
número de reconduzidos à cadeia.
Até as 18h de ontem, 22 presos
ainda estavam foragidos da cadeia
local.
A unidade tem capacidade para
60 presos. Foi a sua segunda fuga
desde junho e a quinta do ano.
Na fuga anterior, 14 detentos
conseguiram escapar. Dez foram
presos logo em seguida pela polícia.
O diretor da cadeia, Paulo Cézar
Junqueira Hadch, disse que as fugas são causadas pela superlotação
e pelo baixo número de funcionários da cadeia.
A cadeia tem 14 funcionários, incluindo o delegado, para "cuidar"
dos 172 presos. "Temos uma proporção de 12 detentos para cada
funcionário", disse.
Em outubro, 22 presos condenados foram transferidos para penitenciárias do Estado. A direção da
cadeia aguarda a transferência de
mais 20 presos até o final do ano.
Dos 172 presos antes alojados em
Limeira, 50%, ou seja 86 deles, são
condenados e aguardam vagas em
penitenciárias do Estado. "Estou
aguardando novas transferências"
disse o delegado.
A Prefeitura de Limeira foi chamada ontem para fechar o túnel
construído pelos presos durante a
fuga.
Mogi Mirim
Em Mogi Mirim (57 km de Campinas), quatro presos conseguiram
fugir ontem da cadeia local. A fuga
aconteceu às 14h e, duas horas depois, três dos detentos foram recapturados.
Os presos da cadeia de Mogi Mirim cavaram um túnel de pelo menos 5 metros de comprimento para escapar.
Os presos que ficaram dentro da
cadeia colocaram fogo nos colchões e 40 policiais militares de
Campinas foram chamados para
controlar a rebelião.
A PM fez uma vistoria geral para
encontrar os objetos usados na
abertura do túnel e possíveis armas. Em Bragança Paulista (80 km
de Campinas), três presos que tinham fugido havia 15 dias foram
capturados pela polícia anteontem.
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