Campinas, Terça, 20 de julho de 1999

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Secretário admite dificuldades

da Folha Campinas

O secretário dos Recursos Humanos, Sérgio Paquelet Jansen Ferreira, admitiu ontem que está encontrando dificuldades para cortar 40% da folha dos servidores comissionados.
Segundo o acordo entre a prefeitura e o sindicato, o percentual deveria ser atingido até o dia 27 de junho, dez dias após o término da greve da categoria.
Até ontem, a prefeitura tinha cortado 23% dos R$ 2,66 milhões que são gastos mensalmente com servidores comissionados, o que corresponderia a R$ 611 mil por mês.
"É difícil o corte. É preciso entender que os comissionamentos são feitos em uma base política", afirmou o secretário.
Segundo ele, há dois tipos de servidores comissionados na prefeitura: os que foram contratados sem concurso para ocupar cargos em comissão e os funcionários de carreira que são comissionados em cargos de confiança.
Os primeiros servidores custam R$ 2 milhões por mês para a prefeitura. Com a parte referente ao comissionamento dos funcionários de carreira são gastos mais R$ 660 mil, segundo a prefeitura.

Críticas
Segundo Fábio Custódio, o sindicato vai condicionar a continuidade das negociações com a prefeitura, prevista para terminar no próximo dia 31, ao corte dos 40%.
"A prefeitura não cumpriu a parte dela e não cortou os 40% dentro do prazo. Portanto, precisamos de mais prazo para negociar com o Executivo", afirmou Custódio.
Ele afirmou que dos 23% da folha que já foram cortados, a Secretaria da Saúde seria a responsável por quase a metade.
"A Câmara Municipal, que sempre ajudou os servidores durante a última greve, acabou sendo a grande vilã, porque quase nada foi cortado por parte do Legislativo", afirmou o sindicalista.

Balanço
O presidente da Câmara Municipal de Campinas, vereador Tadeu Marcos Ferreira (PMDB), afirmou ontem que não sabe ainda o número de servidores comissionados na Câmara que foram cortados.
Segundo ele, até o final do mês será divulgado um balanço com o número de comissionados cortados e o percentual que eles correspondem no quadro de funcionários cedidos à Câmara.
O presidente da Câmara afirmou que pretende cortar o mesmo percentual fixado na prefeitura e que está conversando com os vereadores para definir os nomes dos funcionários.



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