DA FOLHA CAMPINAS

Cerca de 40 mil clientes (1,83%) da Bandeirante Energia não atingiram, pela segunda vez, a meta estabelecida pela Câmara de Gestão da Crise de Energia e estão sujeitos ao corte de energia elétrica.
No entanto a concessionária informou, por meio da assessoria de imprensa, que ainda não definiu a data de início dos cortes.
Uma nova liminar que garante o direito de recusa de executar os cortes de energia foi concedida, na última quinta-feira, pela juíza Beatriz Helena Miguel Jiacomini, da 4ª Vara do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, em favor dos funcionários diretos e indiretos da Eletropaulo, Bandeirante, Caiuá e Santa Cruz.
A juíza acatou os argumentos da ação civil pública do Sinergia CUT (Sindicato dos Energéticos do Estado de São Paulo). A categoria teme sofrer agressões dos clientes durante a execução dos cortes.
Uma outra liminar já havia sido concedida ao sindicato, no último dia 17 de julho, pela 9ª Vara do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, em favor de trabalhadores de nove distribuidoras de energia do interior do Estado, entre elas a CPFL (Companhia Paulista de Força de Luz), a Elektro, a Jaguari e a Bragantina.
De acordo com nota oficial da Bandeirante, todos os cortes de energia serão efetuados "dentro da capacidade operacional e deverão iniciar pelos consumidores que estiverem com maior desvio em relação à meta".
"Os serviços de suspensão de fornecimento de energia serão iniciados assim que forem tomadas todas as medidas para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos", informa a nota.
A Bandeirante Energia atende 2,2 milhões de clientes em 55 municípios de concessão.
A concessionária Elektro informou, por meio da assessoria, que fecha nesta semana o faturamento de julho e que ainda não tem o número de clientes reincidentes. A CPFL, também por meio da assessoria, informou que não vai se pronunciar sobre os cortes.
O mercado da CPFL consumiu menos 24,3% de energia elétrica em agosto, segundo a assessoria. A comparação é referente à média de energia elétrica distribuída pela concessionária nos meses de maio, junho e julho de 2000. A economia de eletricidade acumulada do dia 1º até anteontem, 295 GWh, seria suficiente para abastecer Campinas por 45 dias. (RAQUEL LIMA)


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