GUSTAVO PORTO
da Redação

A criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o envio parcial da verba mensal à Câmara é o novo capítulo do confronto político entre o prefeito de Rio das Pedras, Vitorio Cezarino (PPS), e vereadores.
Alegando que a cidade tem uma dívida de R$ 17 milhões e um Orçamento Municipal de R$ 7 milhões, Cezarino está enviando mensalmente à Câmara R$ 25 mil, dos R$ 50 mil solicitados.
Foi o bastante para que os vereadores criassem a CPI para apurar a falta de repasse do restante. "O dinheiro é o suficiente para pagar todos os vereadores e manter a Câmara. Não posso parar de pagar médicos e pagar vereadores", disse. Cezarino afirmou que não teme a investigação dos vereadores. "Eu não trabalho sob pressão", disse.
Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Ribeiro (PL), o "prefeito precisa entender que o envio de dinheiro aos vereadores é prioridade."
Ribeiro confirmou que o dinheiro enviado é suficiente para o pagamento dos vereadores e a manutenção da Câmara. Cada um dos 13 vereadores recebe R$ 939 por mês e participa de uma sessão semanal.

Salários
A crise entre Cezarino e os vereadores começou em julho, quando o prefeito vetou o aumento de salários em 155,69 aprovado pelo Legislativo. A remuneração subiu de R$ 939 para R$ 2.400. O projeto voltou para a Câmara, os vereadores derrubaram o veto e o presidente da Casa o sancionou.
O aumento foi cancelado pelo TJ (Tribunal de Justiça) do Estado de São Paulo.



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