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Rompimento é o segundo em menos de 24 horas; 100 mil vão ficar sem abastecimento de água
Adutora rompe novamente em Sumaré
LUCIANO CALAFIORI
DA FOLHA CAMPINAS
O segundo rompimento consecutivo, em 24 horas, da adutora próxima à captação de água de Sumaré (26 km de Campinas), no rio
Atibaia, vai deixar 100 mil pessoas
sem abastecimento por tempo indeterminado.
O primeiro rompimento da semana, na madrugada de anteontem, deixaria os moradores sem
água até amanhã. Mas o rompimento de ontem prolongou por
tempo indeterminado o restabelecimento.
A informação é do DAE (Departamento de Água e Esgotos) de
Sumaré (26 km de Campinas).
A cidade já sofre racionamento
na região central para outros 100
mil habitantes. O motivo é a queda no nível de água da represa do
Marcelo.
Segundo o DAE, mais uma vez
as obras da Sabesp (Companhia
de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo) de Hortolândia
causaram a ruptura.
As obras são para construir uma
ligação, por tubos, do rio Jaguari,
em Paulínia (17 km de Campinas)
para Hortolândia (20 km de Campinas). A tubulação vai levar água
de uma cidade para outra.
A Sabesp, pela segunda vez nesta semana, se comprometeu a realizar os reparos da adutora de Sumaré. Ontem à noite a Folha tentou contato com os técnicos da
Sabesp, mas eles não foram localizados para falar do acidente.
A adutora de Sumaré foi danificada pela segunda vez esta semana, e pela quinta vez em dois meses.
Segundo técnicos do DAE, a
adutora tem 20 anos de uso.
Os moradores que estão sem
água na cidade moram na chamada Área Cura e bairro Matão. Ambos concentram bairros populosos.
Desde anteontem, a Prefeitura
de Sumaré já havia garantido o
abastecimento de água nas escolas e nos postos de saúde por meio
de carros-pipa.
Parte dos moradores dos bairros concentrados no Matão ainda
tem reserva de água em poços artesianos. Com a estiagem, os moradores das ruas não asfaltadas
reclamaram ontem da poeira.
De acordo com o Cepagri (Centro de Ensino e Pesquisa em Agricultura) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), pode chover na região hoje.
Se começar a chover pelo menos 10 milímetros por dia nas próximas semanas, Sumaré pode ficar livre do racionamento.
Outra questão que pode ser
amenizada com a chuva é a umidade relativa do ar. A região tem
registrado baixa umidade.
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