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IPTU compromete obras em Piracicaba
free-lance para a Folha Campinas
O prefeito de Piracicaba, Humberto de Campos (PSDB), sofreu a
maior derrota política da sua gestão na semana passada, quando a
Câmara adiou a votação de um
reajuste no IPTU (Imposto Predial
e Territorial Urbano) de 99.
Segundo Campos, o setor de
obras vai sentir maior falta da verba que poderia ser adicionada ao
Orçamento. O aumento do IPTU,
que renderia R$ 4 milhões à prefeitura, não pode mais ser aplicado
em 99.
O vereador João Pauli (PV) disse
que a população não deve ser prejudicada devido à situação financeira que a prefeitura enfrenta. Para ele, há outros meios de aumentar a arrecadação sem aumentar o
IPTU. "A prefeitura poderia fiscalizar mais e, a partir daí, receberia
mais", disse.
Pauli sugeriu que a prefeitura deveria gastar de outra forma o dinheiro. Segundo ele, a prefeitura
sofre com problema de pagamento
de precatórios, por exemplo, de
governos anteriores.
Para o vereador, o município deveria cobrar devedores, principalmente as empresas.
Pauli disse que há um estudo dos
vereadores que confirma a existência de uma dívida de R$ 100 milhões em impostos que a prefeitura
teria de receber.
O prefeito disse que, para 99, o
Orçamento é praticamente o mesmo deste ano, estimado em R$ 130
milhões. O secretariado já foi avisado sobre a redução de 20% nas
despesas em todas as áreas.
"Isso porque já estamos levando
em conta as dificuldades que encontraremos no próximo ano, como, por exemplo, a inadimplência", disse Campos.
Ele afirmou também que já esperava o veto à proposta de aumento
do IPTU. "Mas acreditava que fosse apreciado outro tipo de desconto. A atitude da Câmara foi de
adiar para 99. Dessa forma, mesmo que aprovado, só poderá vigorar em 2000."
Campos disse que a decisão da
Câmara vai afetar obras em escolas, pavimentações e programas
sociais. "Tudo isso foi repensado",
afirmou.
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