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PRIVATIZAÇÃO
SinTPq mantém ações na Justiça tentando cancelar leilão
Sindicato faz protesto hoje
contra a venda da Telebrás
VILMA GASQUES
free-lance para a Folha
O SinTPq (Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e
Tecnologia de Campinas) realiza
hoje um ato contra a privatização
da Telebrás, marcada para acontecer amanhã, no Rio de Janeiro.
As manifestações estarão acontecendo simultaneamente em todo o Brasil.
Em Campinas, com apoio da
CUT (Central Única dos Trabalhadores), de sindicatos filiados à
central e de políticos de partidos
contrários à privatização, a manifestação acontecerá no largo do
Rosário, na região central, a partir
das 17h.
De acordo com o presidente do
SinTPq, Antonio Albuquerque,
37, o sindicato estará acompanhando hoje a análise das ações
impetradas em todo o país.
Os processos do SinTPq, que estão na 2ª Vara da Justiça Federal
de Campinas, não serão julgados
antes do leilão da Telebrás.
O diretor em exercício da 2ª Vara, Marco Antonio Ricardo de Oliveira, afirmou que as ações do
SinTPq estão em fase de contestação. "Depois, serão dadas vistas
para o sindicato e para o Ministério Público", afirmou.
O sindicato tenta anular a decisão da assembléia dos acionistas
da Telebrás, realizada no dia 22 de
maio.
A assessoria de imprensa do advogado geral da União, Geraldo
Quintão, confirmou que "o leilão
será realizado e que a empresa vai
esperar a decisão judicial para entrar ou não com recurso".
O deputado federal Luciano Zica
(PT) afirmou que as manifestações que acontecem hoje têm o
objetivo de sensibilizar o governo
federal para que o leilão seja adiado.
Ele é um dos coordenadores do
protesto que será realizado hoje
em Campinas.
"A venda da Telebrás significa a
entrega do controle de um setor
estratégico nas mãos do capital internacional, o fim da produção
tecnológica nacional do setor, o
fechamento de indústrias, o desemprego no setor e o prejuízo para a população de localidades distantes e pequenas, em regiões
não-lucrativas, que não terão
acesso à telefonia", disse Zica.
A oposição defende a criação de
uma única empresa de telecomunicações.
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