Campinas, Terça, 28 de julho de 1998

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PRIVATIZAÇÃO
SinTPq mantém ações na Justiça tentando cancelar leilão
Sindicato faz protesto hoje contra a venda da Telebrás

VILMA GASQUES
free-lance para a Folha

O SinTPq (Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia de Campinas) realiza hoje um ato contra a privatização da Telebrás, marcada para acontecer amanhã, no Rio de Janeiro.
As manifestações estarão acontecendo simultaneamente em todo o Brasil.
Em Campinas, com apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores), de sindicatos filiados à central e de políticos de partidos contrários à privatização, a manifestação acontecerá no largo do Rosário, na região central, a partir das 17h.
De acordo com o presidente do SinTPq, Antonio Albuquerque, 37, o sindicato estará acompanhando hoje a análise das ações impetradas em todo o país.
Os processos do SinTPq, que estão na 2ª Vara da Justiça Federal de Campinas, não serão julgados antes do leilão da Telebrás.
O diretor em exercício da 2ª Vara, Marco Antonio Ricardo de Oliveira, afirmou que as ações do SinTPq estão em fase de contestação. "Depois, serão dadas vistas para o sindicato e para o Ministério Público", afirmou.
O sindicato tenta anular a decisão da assembléia dos acionistas da Telebrás, realizada no dia 22 de maio.
A assessoria de imprensa do advogado geral da União, Geraldo Quintão, confirmou que "o leilão será realizado e que a empresa vai esperar a decisão judicial para entrar ou não com recurso".
O deputado federal Luciano Zica (PT) afirmou que as manifestações que acontecem hoje têm o objetivo de sensibilizar o governo federal para que o leilão seja adiado.
Ele é um dos coordenadores do protesto que será realizado hoje em Campinas.
"A venda da Telebrás significa a entrega do controle de um setor estratégico nas mãos do capital internacional, o fim da produção tecnológica nacional do setor, o fechamento de indústrias, o desemprego no setor e o prejuízo para a população de localidades distantes e pequenas, em regiões não-lucrativas, que não terão acesso à telefonia", disse Zica.
A oposição defende a criação de uma única empresa de telecomunicações.



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