Campinas, Quarta-feira, 29 de Dezembro de 1999


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Para secretário, não é função da GM

da Redação

O secretário da Segurança Pública de Campinas, Ruyrillo Pedro de Magalhães, admitiu ontem para a Folha que a guarda não tem preparo específico para atuar em conflitos e só entrou no caso porque obteve uma negativa da Polícia Militar. Segundo ele, foram os perueiros que começaram a atirar contra os guardas.

Folha - O senhor considerou truculenta a ação da Guarda, pelas imagens que viu na TV?
Ruyrillo Pedro de Magalhães - Vai ser apurado, mas antes de qualquer disparo da Guarda ouve disparos por parte dos perueiros.
Folha - Algum guarda foi baleado?
Magalhães - Baleado não teve. Teve algum perueiro baleado?
Folha - Não. Mas as imagens da TV mostram que a Guarda atirou contra os perueiros.
Magalhães - Mas houve guarda muito ferido.
Folha - Quantos?
Magalhães - Um está no hospital.
Folha - Qual hospital?
Magalhães - Não sei. Mas há outros.
Folha - Quantos?
Magalhães - Eles invadiram o patrimônio público municipal.
Folha - Por que a Guarda não usa balas de borracha?
Magalhães - Nós não temos uma tropa de choque especializada. Nós solicitamos a tropa da Polícia Militar, mas eles não vieram.
Folha - Os guardas não são especializados para atuar em conflitos?
Magalhães - Dentro de um certo limite. Você falar que vamos fazer uma contenção em campo de futebol, não vamos. Por isso mesmo, foi oficiada a PM.
Folha - Mas por que a Guarda não usa balas de borracha?
Magalhães - Porque não esse é o nosso trabalho.
Folha - Se ela não é esse o trabalho da guarda, por que agiu?
Magalhães - Porque nós pedimos para a PM fazer e ela não atendeu meu pedido.
Folha - Por quê?
Magalhães - Porque alegam que dentro do próprio municipal nós é que temos que agir.
Folha - Então não era para a Guarda estar preparada?
Magalhães - Ela está preparada. Eles reagiram quando atiraram contra eles.


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