|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para secretário, não é função da GM
da Redação
O secretário da Segurança Pública de Campinas, Ruyrillo Pedro de Magalhães, admitiu ontem
para a Folha que a guarda não
tem preparo específico para atuar
em conflitos e só entrou no caso
porque obteve uma negativa da
Polícia Militar. Segundo ele, foram os perueiros que começaram
a atirar contra os guardas.
Folha - O senhor considerou
truculenta a ação da Guarda,
pelas imagens que viu na TV?
Ruyrillo Pedro de Magalhães - Vai ser apurado, mas antes de
qualquer disparo da Guarda ouve
disparos por parte dos perueiros.
Folha - Algum guarda foi baleado?
Magalhães - Baleado não teve.
Teve algum perueiro baleado?
Folha - Não. Mas as imagens
da TV mostram que a Guarda
atirou contra os perueiros.
Magalhães - Mas houve guarda muito ferido.
Folha - Quantos?
Magalhães - Um está no hospital.
Folha - Qual hospital?
Magalhães - Não sei. Mas há
outros.
Folha - Quantos?
Magalhães - Eles invadiram o
patrimônio público municipal.
Folha - Por que a Guarda não
usa balas de borracha?
Magalhães - Nós não temos
uma tropa de choque especializada. Nós solicitamos a tropa da Polícia Militar, mas eles não vieram.
Folha - Os guardas não são especializados para atuar em conflitos?
Magalhães - Dentro de um certo limite. Você falar que vamos fazer uma contenção em campo de
futebol, não vamos. Por isso mesmo, foi oficiada a PM.
Folha - Mas por que a Guarda
não usa balas de borracha?
Magalhães - Porque não esse é
o nosso trabalho.
Folha - Se ela não é esse o trabalho da guarda, por que agiu?
Magalhães - Porque nós pedimos para a PM fazer e ela não
atendeu meu pedido.
Folha - Por quê?
Magalhães - Porque alegam
que dentro do próprio municipal
nós é que temos que agir.
Folha - Então não era para a
Guarda estar preparada?
Magalhães - Ela está preparada.
Eles reagiram quando atiraram
contra eles.
Texto Anterior: "Guerra" começou há dois anos Próximo Texto: Crime organizado: Comissão investiga elo entre grupo de Araraquara e Campinas Índice
|