Campinas, Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2000


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SAÚDE
Até sexta-feira, 23 pessoas já haviam contraído a doença; em janeiro de 1999 foram seis confirmações
Número de casos de dengue aumenta 283% em cidades da região de Campinas

MAURÍCIO SIMIONATO
w da Folha Campinas

O número de casos de dengue registrados na região de Campinas, até a última sexta-feira, é quase três vezes maior que as ocorrências verificadas em janeiro do ano passado.
Os dados são da DIR-12 (Direção Regional de Saúde), que é responsável por 42 cidades da região.
Em janeiro deste ano foram confirmados 23 casos de dengue. No mesmo período do ano passado foram seis as confirmações. Isso equivale a um aumento de 283% dos registros.
O CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado havia registrado, até a última sexta-feira, 31 casos confirmados da doença em todo o Estado de São Paulo. No entanto, segundo a assessoria de imprensa do órgão, alguns ainda não haviam sido computados.
Os últimos casos de dengue na região foram confirmados na última sexta-feira - um em Campinas e outro em Americana.
A Vigilância Epidemiológica deve realizar uma busca nas proximidades das casas onde moram as duas pessoas contaminadas para verificar se há focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela. Até anteontem, pelo menos uma larva do mosquito foi encontrada no bairro Cambuí, em Campinas.
Até anteontem, havia um caso de febre amarela em Campinas e seis suspeitos na região da DIR-12. A pessoa foi contaminada durante viagem à Chapada dos Veadeiros (GO).
O superintendente da Sucen (Superintendência de Controle de Epidemias), em São Paulo, Luís Jacintho Pinto, disse que apesar do aumento do número de casos de dengue na cidade, todas as pessoas contraíram a doença em outras regiões do país.
"Todos os casos de dengue na área DIR-12 são importados. Isso pode ser explicado pelo fato de as pessoas terem viajado mais no réveillon para regiões onde havia o mosquito transmissor", disse.
Segundo ele, o índice Breteau em cidades da região de Campinas é considerado baixo se comparado à mesma época de anos anteriores.
O índice define o número de recipientes com larvas do mosquito encontrados em cada cem imóveis. O risco de contaminação existe quando o índice de larvas é maior ou igual do que 5%.
O último resultado do índice larvas na cidade, referente a dezembro do ano passado, foi considerado baixo pelos órgãos de saúde pública.
O índice Breteau em Campinas está entre 1% e 1,5%. Foram medidos índices na região da Vila Rica, com 0,4%, no Jardim São José, com 0,3%, e na região do Jardim Capivari (1,9%).
Nas demais localidades medidas por técnicos da Sucen o índice foi zero.

Amostragem
A Vigilância Sanitária e a Sucen devem concluir na próxima semana os resultados das medições realizadas em domicílios durante este mês.
"O índice pode crescer um pouco em certas regiões ou bairros das cidades por causa das chuvas que atingiram os municípios", disse o superintendente da Sucen.
A coleta é feita em toda a cidade e é realizada de dois em dois meses, mas técnicos da vigilância realizam buscas ativas por amostragem.
Mesmo com índices baixos de larvas de mosquito, a possibilidade contaminação não é descartada pela Sucen.



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