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SAÚDE
Até sexta-feira, 23 pessoas já haviam contraído a doença; em janeiro de 1999 foram seis confirmações
Número de casos de dengue aumenta 283% em cidades da região de Campinas
MAURÍCIO SIMIONATO
w
da Folha Campinas
O número de casos de dengue
registrados na região de Campinas, até a última sexta-feira, é
quase três vezes maior que as
ocorrências verificadas em janeiro do ano passado.
Os dados são da DIR-12 (Direção Regional de Saúde), que é responsável por 42 cidades da região.
Em janeiro deste ano foram
confirmados 23 casos de dengue.
No mesmo período do ano passado foram seis as confirmações. Isso equivale a um aumento de
283% dos registros.
O CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) do Estado havia
registrado, até a última sexta-feira, 31 casos confirmados da doença em todo o Estado de São Paulo.
No entanto, segundo a assessoria
de imprensa do órgão, alguns ainda não haviam sido computados.
Os últimos casos de dengue na
região foram confirmados na última sexta-feira - um em Campinas e outro em Americana.
A Vigilância Epidemiológica
deve realizar uma busca nas proximidades das casas onde moram
as duas pessoas contaminadas
para verificar se há focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor
da dengue e da febre amarela. Até
anteontem, pelo menos uma larva do mosquito foi encontrada no
bairro Cambuí, em Campinas.
Até anteontem, havia um caso
de febre amarela em Campinas e
seis suspeitos na região da DIR-12. A pessoa foi contaminada durante viagem à Chapada dos Veadeiros (GO).
O superintendente da Sucen
(Superintendência de Controle de
Epidemias), em São Paulo, Luís
Jacintho Pinto, disse que apesar
do aumento do número de casos
de dengue na cidade, todas as pessoas contraíram a doença em outras regiões do país.
"Todos os casos de dengue na
área DIR-12 são importados. Isso
pode ser explicado pelo fato de as
pessoas terem viajado mais no réveillon para regiões onde havia o
mosquito transmissor", disse.
Segundo ele, o índice Breteau
em cidades da região de Campinas é considerado baixo se comparado à mesma época de anos
anteriores.
O índice define o número de recipientes com larvas do mosquito
encontrados em cada cem imóveis. O risco de contaminação
existe quando o índice de larvas é
maior ou igual do que 5%.
O último resultado do índice
larvas na cidade, referente a dezembro do ano passado, foi considerado baixo pelos órgãos de saúde pública.
O índice Breteau em Campinas
está entre 1% e 1,5%. Foram medidos índices na região da Vila Rica,
com 0,4%, no Jardim São José,
com 0,3%, e na região do Jardim
Capivari (1,9%).
Nas demais localidades medidas por técnicos da Sucen o índice
foi zero.
Amostragem
A Vigilância Sanitária e a Sucen
devem concluir na próxima semana os resultados das medições
realizadas em domicílios durante
este mês.
"O índice pode crescer um pouco em certas regiões ou bairros
das cidades por causa das chuvas
que atingiram os municípios",
disse o superintendente da Sucen.
A coleta é feita em toda a cidade
e é realizada de dois em dois meses, mas técnicos da vigilância
realizam buscas ativas por amostragem.
Mesmo com índices baixos de
larvas de mosquito, a possibilidade contaminação não é descartada pela Sucen.
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