Campinas, Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2000


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INFÂNCIA PERDIDA PEDOFILIA
É o 3º caso em Mogi Mirim desde 99

Justiça condena comerciante a 8 anos

RICARDO BRANDT
free-lance para a Folha Campinas

A juíza da 2ª Vara de Mogi Mirim (57 km de Campinas), Érika Diniz, condenou, na semana passada, o comerciante Jair Mendes da Silva, 41, a oito anos de prisão por atentado violento ao pudor. Esse é o terceiro caso de condenação por pedofilia entre 1999 e este ano na cidade.
O comerciante é acusado de abusar sexualmente de pelo menos seis crianças com idade entre 10 e 12 anos.
De acordo com a investigadora-chefe da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Marli Aparecida Spolidório, o comerciante abusava dos garotos no vestiário do campo onde era treinador e no bar de sua propriedade.
O promotor de Justiça Fernando Novelli, que ofereceu denúncia cia contra o comerciante, tentava uma pena de até dez anos de reclusão para o acusado.
No entanto, a Justiça considerou um laudo psiquiátrico que aponta que o comerciante sofria de distúrbio psíquico e reduziu a pena.
No entender da Justiça, o acusado não tinha plena consciência de seus atos criminosos.
O promotor Fernando Novelli deve recorrer da decisão nesta semana e tentar aumentar a pena do acusado.
O advogado de Jair Mendes da Silva, Eliezer Pannunzio, não foi localizado.

Pedofilia
Pelo menos mais duas pessoas são suspeitas de prática de pedofilia em Mogi Mirim. No ano passado, elas foram denunciadas pelo Ministério Público por atentado violento ao pudor.
Silva era o último dos três casos que esperavam sentença.
O primeiro caso que foi julgado pela Justiça é o do supervisor de controle de qualidade Antônio Waldemar Zibordi, condenado a nove anos de prisão.
Ele foi preso por ter abusado sexualmente de um menino de 7 anos, filho de um amigo, em janeiro do ano passado.
O segundo caso que a Justiça analisou, em dezembro do ano passado, foi o do vendedor Osvaldo Durante, 41. Ele foi condenado a sete anos de prisão.
Durante foi acusado por atentado violento ao pudor, corrupção de menores e veiculação de imagens pornográficas de crianças e adolescentes. Pelo menos 17 vítimas disseram, em depoimento à polícia, terem sido seduzidas pelo vendedor.
Na opinião da delegada da DDM de Mogi Guaçu, Judite de Oliveira Reis, responsável pelos inquéritos, o elevado número de casos investigados na cidade (oito no ano passado) é, em parte, consequência da condenação de Zibordi, que pode ter encorajado novas denúncias.


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