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INFÂNCIA PERDIDA
PEDOFILIA
É o 3º caso em Mogi Mirim desde 99
Justiça condena comerciante a 8 anos
RICARDO BRANDT
free-lance para a Folha Campinas
A juíza da 2ª Vara de Mogi Mirim (57 km de Campinas), Érika
Diniz, condenou, na semana passada, o comerciante Jair Mendes
da Silva, 41, a oito anos de prisão
por atentado violento ao pudor.
Esse é o terceiro caso de condenação por pedofilia entre 1999 e este
ano na cidade.
O comerciante é acusado de
abusar sexualmente de pelo menos seis crianças com idade entre
10 e 12 anos.
De acordo com a investigadora-chefe da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), Marli Aparecida
Spolidório, o comerciante abusava dos garotos no vestiário do
campo onde era treinador e no
bar de sua propriedade.
O promotor de Justiça Fernando Novelli, que ofereceu denúncia
cia contra o comerciante, tentava
uma pena de até dez anos de reclusão para o acusado.
No entanto, a Justiça considerou um laudo psiquiátrico que
aponta que o comerciante sofria
de distúrbio psíquico e reduziu a
pena.
No entender da Justiça, o acusado não tinha plena consciência de
seus atos criminosos.
O promotor Fernando Novelli
deve recorrer da decisão nesta semana e tentar aumentar a pena do
acusado.
O advogado de Jair Mendes da
Silva, Eliezer Pannunzio, não foi
localizado.
Pedofilia
Pelo menos mais duas pessoas
são suspeitas de prática de pedofilia em Mogi Mirim. No ano passado, elas foram denunciadas pelo
Ministério Público por atentado
violento ao pudor.
Silva era o último dos três casos
que esperavam sentença.
O primeiro caso que foi julgado
pela Justiça é o do supervisor de
controle de qualidade Antônio
Waldemar Zibordi, condenado a
nove anos de prisão.
Ele foi preso por ter abusado sexualmente de um menino de 7
anos, filho de um amigo, em janeiro do ano passado.
O segundo caso que a Justiça
analisou, em dezembro do ano
passado, foi o do vendedor Osvaldo Durante, 41. Ele foi condenado
a sete anos de prisão.
Durante foi acusado por atentado violento ao pudor, corrupção
de menores e veiculação de imagens pornográficas de crianças e
adolescentes. Pelo menos 17 vítimas disseram, em depoimento à
polícia, terem sido seduzidas pelo
vendedor.
Na opinião da delegada da
DDM de Mogi Guaçu, Judite de
Oliveira Reis, responsável pelos
inquéritos, o elevado número de
casos investigados na cidade (oito
no ano passado) é, em parte, consequência da condenação de Zibordi, que pode ter encorajado
novas denúncias.
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