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Ex-funcionário denuncia falhas de estocagem
DA FOLHA CAMPINAS
O ex-funcionário da divisão
química da Shell Brasil, M., 53, denunciou ontem falhas no processo de estocagem de produtos químicos e cinzas tóxicas e na queima de materiais nocivos em duas
unidades da empresa.
M., que trabalhou na área de
síntese de organo-fosforados, disse que as cinzas tóxicas eram enterradas no solo, "sem nenhum
critério técnico".
As cinzas eram produzidas por
meio da queima de restos de produtos químicos, entre eles os
Drins, produzidos pela Shell, segundo o ex-funcionário.
Segundo M, além dos materiais
químicos da própria empresa, os
dois fornos da Shell recebiam resíduos sólidos de outras empresas
de Paulínia.
O ex-funcionário afirmou que
tambores vazios, porém impregnados com produtos químicos da
família dos clorados, eram estocados ao ar livre.
"Quando chovia, o material residual desses tambores era lavado
pela água das chuvas e os produtos químicos eram transferidos
para o solo. Os tambores ficavam
espalhados", disse M.
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