Campinas, Segunda, 31 de maio de 1999

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ESTRADAS
Após a concessão das rodovias à iniciativa privada, quatro postos de cobrança foram criados na região de Campinas
Dobra número de pedágios após privatização

free-lance para a Folha Campinas

O número de pedágios nas rodovias que passam pela região de Campinas dobrou depois da concessão dos serviços para a iniciativa privada.
Até 1997, antes das concessões, as estradas mantinham a cobrança de tarifa em quatro praças nas rodovias Anhanguera, Bandeirantes, Campinas-Mogi Mirim e Washington Luiz.
Com a concessão, o número de pedágios subiu para oito.
Para as empresas, a ampliação do número de praças de cobrança de pedágio resultou na melhoria das estradas, antes "abandonadas" pelo governo estadual.
A rodovia Anhanguera, por exemplo, ganhou um novo pedágio na altura do município de Nova Odessa depois que a empresa AutoBAn assumiu a administração do complexo Anhanguera-Bandeirantes.
O reflexo no bolso do usuário é diluído de acordo com o percurso realizado.
Uma viagem de Jundiaí a Cordeirópolis pela Anhanguera, por exemplo, que custava R$ 8,80 em pedágios, subiu para R$ 11,40.
A Renovias foi a empresa que mais instalou pedágios após a concessão. Dos quatro construídos na região, dois foram feitos em sua área de concessão, na rodovia que liga Campinas ao sul de Minas.
Nas estradas administradas pela Renovias existem três pedágios, dos quais dois foram construídos pela empresa.
A Renovias mantém suas praças no km 123, em Jaguariúna, no km 193, em Estiva Gerbi e no km 230, em São João da Boa Vista. Os dois últimos foram implantados entre o final do ano passado e este ano.
O preço dos pedágios da Renovias é o menor da região, mas a cobrança é feita bidirecionalmente, ou seja, na ida e na volta.
No trecho entre São Paulo e Limeira, a rodovia Anhanguera tem, atualmente, quatro pedágios sob administração da AutoBAn.
A empresa Centrovias, responsável pela administração da rodovia Washington Luiz, instalou uma praça de cobrança no km 180, em Rio Claro.
Quando a rodovia era administrada pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem), não havia pedágio na região de Rio Claro.
A instalação de dois pedágios tem criado polêmica entre motoristas e moradores das cidades onde as praças estão localizadas.
Com a criação do pedágio de Nova Odessa, na rodovia Anhanguera, os veículos adotaram os municípios de Sumaré, Nova Odessa e Americana como rota para fugir da cobrança.
Em Rio Claro, com a implantação do posto de cobrança na Washington Luiz, também foi criada uma rota de fuga por motoristas.
As empresas tentam evitar a queda na arrecadação e a fuga dos pedágios. Todas ganham apoio das prefeituras dos municípios, que reclamam que, com a rota de fuga, têm tido prejuízos com a manutenção das ruas da cidade.



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