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ESTRADAS
Após a concessão das rodovias à iniciativa privada, quatro postos de cobrança foram criados na região de Campinas
Dobra número de pedágios após privatização
free-lance para a Folha Campinas
O número de pedágios nas rodovias que passam pela região de
Campinas dobrou depois da concessão dos serviços para a iniciativa privada.
Até 1997, antes das concessões,
as estradas mantinham a cobrança
de tarifa em quatro praças nas rodovias Anhanguera, Bandeirantes,
Campinas-Mogi Mirim e Washington Luiz.
Com a concessão, o número de
pedágios subiu para oito.
Para as empresas, a ampliação do
número de praças de cobrança de
pedágio resultou na melhoria das
estradas, antes "abandonadas" pelo governo estadual.
A rodovia Anhanguera, por
exemplo, ganhou um novo pedágio na altura do município de Nova Odessa depois que a empresa
AutoBAn assumiu a administração do complexo Anhanguera-Bandeirantes.
O reflexo no bolso do usuário é
diluído de acordo com o percurso
realizado.
Uma viagem de Jundiaí a Cordeirópolis pela Anhanguera, por
exemplo, que custava R$ 8,80 em
pedágios, subiu para R$ 11,40.
A Renovias foi a empresa que
mais instalou pedágios após a concessão. Dos quatro construídos na
região, dois foram feitos em sua
área de concessão, na rodovia que
liga Campinas ao sul de Minas.
Nas estradas administradas pela
Renovias existem três pedágios,
dos quais dois foram construídos
pela empresa.
A Renovias mantém suas praças
no km 123, em Jaguariúna, no km
193, em Estiva Gerbi e no km 230,
em São João da Boa Vista. Os dois
últimos foram implantados entre o
final do ano passado e este ano.
O preço dos pedágios da Renovias é o menor da região, mas a cobrança é feita bidirecionalmente,
ou seja, na ida e na volta.
No trecho entre São Paulo e Limeira, a rodovia Anhanguera tem,
atualmente, quatro pedágios sob
administração da AutoBAn.
A empresa Centrovias, responsável pela administração da rodovia
Washington Luiz, instalou uma
praça de cobrança no km 180, em
Rio Claro.
Quando a rodovia era administrada pelo DER (Departamento de
Estradas de Rodagem), não havia
pedágio na região de Rio Claro.
A instalação de dois pedágios
tem criado polêmica entre motoristas e moradores das cidades onde as praças estão localizadas.
Com a criação do pedágio de Nova Odessa, na rodovia Anhanguera, os veículos adotaram os municípios de Sumaré, Nova Odessa e
Americana como rota para fugir
da cobrança.
Em Rio Claro, com a implantação do posto de cobrança na Washington Luiz, também foi criada
uma rota de fuga por motoristas.
As empresas tentam evitar a queda na arrecadação e a fuga dos pedágios. Todas ganham apoio das
prefeituras dos municípios, que
reclamam que, com a rota de fuga,
têm tido prejuízos com a manutenção das ruas da cidade.
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