São Paulo, quarta-feira, 01 de maio de 2002

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Equipe converte um tecido em outro

DA REUTERS

Um grupo de cientistas disse ter transformado células comuns de pele humana em células imunológicas, num experimento que, se confirmado, poderia acabar com a necessidade de células-tronco e clonagem para muitas terapias.
O grupo, da empresa de biotecnologia Nucleotech LLC, espera poder oferecer a pacientes transplantes dos próprios tecidos que poderiam, em tese, ser usados para tratar doenças como diabetes juvenil e deficiência imunológica.
Muitas equipes de pesquisa estão trabalhando na idéia, mas quase todas assumiram a necessidade de usar células-tronco, que são raras e difíceis de cultivar no laboratório. Elas podem ser encontradas no sangue e em tecidos, ou retiradas de embriões.
Mas James Robl e seus colegas na Nucleotech e na Universidade de Oslo, Noruega, acreditam ter achado um modo de acabar com a controvérsia. Abrindo buracos em células maduras da pele e mergulhando-as numa solução feita de células-tronco imunológicas, eles disseram tê-las transformado em algo semelhante a células-T, do sistema imunológico.
Robl afirma que quer usar a técnica para transformar a medicina. "Seria um procedimento de um dia. O paciente viria e daria uma biópsia de pele para o laboratório reprogramar e, no dia seguinte, você poria as células de volta."
O estudo está publicado na última edição da "Nature Biotechnology" (www.nature.com/nbt).



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