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Desastre incentiva medidas de segurança, afirma Petrobras
CIRILO JUNIOR
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras considera que o
acidente com a plataforma da
BP no golfo do México servirá
para a empresa redobrar a
atenção em relação aos procedimentos de segurança nas
unidades de produção. O gerente de exploração da estatal,
Mário Carminatti, afirmou que
as atividades oceânicas tocadas
pela Petrobras são "extremamente seguras".
Ele comparou o risco de
ocorrer um acidente em plataformas à probabilidade de um
avião cair. Lembrou que, assim
como as companhias aéreas, o
procedimento padrão entre as
petrolíferas é apurar ainda
mais as checagens que costumam ser feitas. "O incidente é
aproveitado para melhorar, para ver se há possíveis problemas. Em todo tipo de incidente,
a Petrobras assimila isso ao sistema, como todas as empresas
fazem", afirmou Carminatti.
Indagada sobre suas práticas
de segurança e planos de contingência em eventuais acidentes, a Petrobras se negou a detalhar essas informações.
Mobilização
O engenheiro naval Carlos
Boeckh, diretor da empresa Hidroclean (especializada em minimizar os riscos ligados ao
derrame de combustíveis e
produtos químicos), prevê que
o vazamento no golfo do México vai gerar a maior mobilização da história da indústria do
petróleo para conter o estrago.
Ele estima que todo o trabalho de limpeza e recolhimento
do óleo da área afetada leve, pelo menos, um ano. Boeckh lembra que participou, em 2004,
do combate ao vazamento de
metanol do navio Vicunha, no
porto de Paranaguá, que levou
oito meses. A Hidroclean presta serviços para a Petrobras no
Nordeste. Atua na região com
seis bases de apoio em terra para conter possíveis vazamentos. Boeckh acrescenta que a
Petrobras atua ainda com equipes próprias que ficam no mar
para as primeiras ações, em caso de acidentes.
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