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Precocidade marcou carreira de pesquisador
DO ENVIADO AO RIO
Com currículo incomum para sua idade, Artur
Ávila divide hoje o tempo
entre sua sala no Impa
-com vista para a floresta
da Tijuca- e um cargo de
diretor no Centro Nacional
de Pesquisa Científica da
França, em Paris.
"Gosto de conciliar as
coisas boas de lá com as
coisas boas daqui", diz.
"Lá a matemática tem uma
atmosfera mais desenvolvida, com mais coisas diferentes, e aqui a atmosfera
é mais focada. Mas as duas
são importantes."
A posição de conforto,
que o permite se dedicar só
a assuntos de seu interesse, foi conquistada com
uma excelência precoce.
Após ganhar medalha
de ouro numa olimpíada
de matemática internacional, Ávila começou a assistir a aulas de mestrado
quando ainda estava no
ensino médio. Concluiu a
graduação na mesma semana em que tirou o diploma de doutorado.
Hoje, o matemático já
tem 45 estudos publicados
em periódicos de elite.
Sem pressão por produtividade, pode se dar ao luxo de seguir seu ritmo.
"Muitas pessoas têm vocação, mas não se dão
conta de que a matemática
é algo interessante para se
fazer, onde se pode ter
uma carreira boa", diz.
(RG)
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