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São Paulo, segunda-feira, 01 de setembro de 2003

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TRECHO

Na história evolucionária, os seres humanos aprenderam [...] a cooperar para competir. Isto é, a vasta panóplia das características cognitivas e emocionais humanas que permitem um grau tão elaborado de organização social foi criada não pela luta contra o ambiente natural, mas, antes, pelo fato de que grupos humanos tiveram de lutar uns contra os outros. Isso levou [...] a uma situação de competição, em que a elevação da cooperação social por parte de um grupo forçava os outros grupos a cooperar de maneira semelhante, numa luta interminável. A competitividade e a cooperatividade humanas permanecem em equilíbrio, numa relação simbiótica, não apenas ao longo do tempo evolucionário como em sociedades humanas e indivíduos reais. Sem dúvida temos esperança de que os seres humanos aprendam a viver pacificamente em muitas circunstâncias em que hoje não o fazem, mas, se a balança pender demais para o oposto do comportamento agressivo e violento, as pressões seletivas a favor da cooperação também se enfraquecerão. Sociedades que não enfrentam nem competição nem agressão ficam estagnadas e deixam de inovar; indivíduos confiantes e cooperativos demais tornam-se vulneráveis aos mais violentos.


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