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Eliminar os morcegos não é melhor opção
DE SÃO PAULO
A presença de morcegos
pode trazer inconvenientes,
como barulho alto, odores e
fezes espalhadas. Ainda assim, na opinião da pesquisadora Susi Pacheco, do
Instituto Sauver, matá-los
não é a melhor alternativa.
"Matar o animal não torna o ambiente menos propício para uma colônia de
morcegos. As características que atraíram uma colônia, em pouco tempo, acabarão percebidas por outro
grupo de animais", diz.
Embora os morcegos sejam comumente associados
a doenças e considerados
problemas de saúde pública, poucos dados são consistentes a esse respeito.
Uma das poucas exceções é a raiva que, comprovadamente, pode ser transmitida pelo animal.
Mesmo assim, nas grandes capitais brasileiras, os
registros de positividade da
doença entre os bichos oscilam entre 0,5% e 0,8%,
dentro do índice de normalidade da OMS (Organização Mundial da Saúde).
"O ideal é entrar em contato com as secretarias responsáveis ou pesquisadores do assunto. Eles podem
orientar sobre o que fazer",
afirma a pesquisadora.
O QUE FAZER
Nunca se deve tocar no
animal com a pele desprotegida. O ideal é usar uma luva ou pano grosso.
Quem não quiser se aventurar, deve entrar em contato com o CCZ (Centro de
Controle de Zoonoses) ou a
vigilância ambiental, que
poderão tirar o morcego de
perto de forma correta.
No caso de uma colônia
inteira, o procedimento é
mais complicado. Não basta retirar os morcegos, é preciso vedar as entradas para
garantir que eles não retornem ao local.
"O fechamento definitivo
das aberturas de entrada e
saída dos morcegos somente deve ser feito após não ter
mais nenhum animal. Do
contrário, o odor dos bichos
putrefatos será horrível",
afirma Pacheco.
A pesquisadora alerta
que não se deve utilizar produtos químicos para repelir
os morcegos. "Como são
mamíferos, os produtos que
fazem mal a eles também
podem fazer mal aos humanos", conclui.
(GM)
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