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Para cientista, linhagem nacional de célula-tronco dá independência
Trabalho pioneiro da USP será apresentado oficialmente hoje, em Curitiba
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Reunidos ontem no Simpósio Internacional de Terapia
Celular, em Curitiba, cientistas
brasileiros comemoraram a
criação da primeira linhagem
nacional de células-tronco embrionárias e disseram que ela
representa "um novo marco"
na pesquisa no país.
O trabalho do grupo coordenado por Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências
da USP (Universidade de São
Paulo), trará, segundo pesquisadores, mais autonomia e rapidez nos trabalhos com células-tronco, promessa no combate a males degenerativos.
Sócio de Pereira na pesquisa,
Stevens Rehen, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), afirmou que os efeitos
do "novo marco" poderão ser
sentidos com a eliminação das
importações de células-tronco.
Os resultados da pesquisa
poderão ser acessados pelos
cientistas por meio da Rede
Nacional de Terapia Celular, a
ser implementada pelo Ministério da Saúde até o final deste
ano. Rehen disse que, além de
centralizar as informações e o
material à disposição dos cientistas, a rede fará treinamento
para o cultivo de novas linhagens de células-tronco.
"Só saber que dominamos
uma tecnologia dessas mostra
como as agências governamentais devem continuar financiando trabalhos científicos,
pois eles têm dado respostas ao
país", disse Antônio Carlos
Campos de Carvalho, do Instituto Nacional de Cardiologia,
com sede no Rio.
"A pesquisa trará independência e abertura para outros
trabalhos 100% nacionais envolvendo essas linhagens", disse presidente do simpósio, Paulo Brofman, da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do
Paraná).
(DIMITRI DO VALLE)
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