São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2008

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Para cientista, linhagem nacional de célula-tronco dá independência

Trabalho pioneiro da USP será apresentado oficialmente hoje, em Curitiba

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Reunidos ontem no Simpósio Internacional de Terapia Celular, em Curitiba, cientistas brasileiros comemoraram a criação da primeira linhagem nacional de células-tronco embrionárias e disseram que ela representa "um novo marco" na pesquisa no país.
O trabalho do grupo coordenado por Lygia da Veiga Pereira, do Instituto de Biociências da USP (Universidade de São Paulo), trará, segundo pesquisadores, mais autonomia e rapidez nos trabalhos com células-tronco, promessa no combate a males degenerativos.
Sócio de Pereira na pesquisa, Stevens Rehen, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), afirmou que os efeitos do "novo marco" poderão ser sentidos com a eliminação das importações de células-tronco.
Os resultados da pesquisa poderão ser acessados pelos cientistas por meio da Rede Nacional de Terapia Celular, a ser implementada pelo Ministério da Saúde até o final deste ano. Rehen disse que, além de centralizar as informações e o material à disposição dos cientistas, a rede fará treinamento para o cultivo de novas linhagens de células-tronco.
"Só saber que dominamos uma tecnologia dessas mostra como as agências governamentais devem continuar financiando trabalhos científicos, pois eles têm dado respostas ao país", disse Antônio Carlos Campos de Carvalho, do Instituto Nacional de Cardiologia, com sede no Rio.
"A pesquisa trará independência e abertura para outros trabalhos 100% nacionais envolvendo essas linhagens", disse presidente do simpósio, Paulo Brofman, da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). (DIMITRI DO VALLE)


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