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Índia pode cortar 24% de CO2
em relação a aumento do PIB
Valor deve ser anunciado hoje; país é o único grande emissor ainda sem meta
DA REPORTAGEM LOCAL
A Índia aposta que pode ser
possível cortar a sua intensidade de carbono em 24% até
2020, em comparação com os
níveis de 2005, segundo relatório do governo obtido pela
agência de notícias Reuters.
"Intensidade de carbono"
significa a quantidade de CO2
emitida por cada unidade do
PIB (Produto Interno Bruto).
Até 2030, a Índia estima que
poderia atingir uma redução na
sua intensidade de carbono de
até 37%, em relação aos níveis
de 2005. O relatório de onde
vieram os números é fruto do
trabalho de vários departamentos do governo indiano.
Faixa variável
Ainda assim, um alto membro do governo da Índia, que
prefere não ter o nome citado,
diz que as metas finais do país,
(que provavelmente serão
apresentadas no encontro da
ONU para o clima em Copenhague, na próxima semana)
em vez de um número específico, podem ser apresentadas como um espectro de valores,
com margens de erro.
A Índia, o quinto maior emissor, está sob pressão para anunciar detalhes de como vai controlar as suas crescentes emissões de carbono.
China e Estados Unidos, respectivamente o país que mais
emite e o segundo, declararam
planos de cortar emissões de
gases-estufa, deixando a Índia
como o único grande poluidor
que ainda não declarou metas.
Membros do governo disseram que Jairam Ramesh, ministro do Meio Ambiente da Índia, vai fazer um discurso no
parlamento hoje, anunciando
as metas, que provavelmente
serão voluntárias. Além disso,
não devem estar abertas a verificações por inspetores estrangeiros, nem fazer parte de um
acordo legalmente vinculante.
Reduzir a intensidade de carbono significa que as emissões
totais da Índia continuarão
crescendo nos próximos anos.
Países em desenvolvimento,
de acordo com o Protocolo de
Kyoto, não tem obrigação de fazer cortes. Mas muitos, como
China e Índia, dizem que eles
estão tomando medidas voluntárias para reduzir emissões.
Esperava-se que o encontro
de Copenhague, que será entre
os dias 7 e 18 de dezembro, pudesse criar um acordo legalmente vinculante.
As negociações não correram
muito bem, mas ainda há esperança de que pelo menos um
acordo político forte possa ser
feito na conferência.
A Índia disse que os países ricos estavam propondo cortes
"anêmicos", mas que ainda poderiam ajudar a selar um acordo global transferindo tecnologia para reduzir emissões e pagando para reduzir o impacto
da mudança climática em lugares mais vulneráveis.
Com Reuters
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