São Paulo, quinta-feira, 03 de dezembro de 2009

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Índia pode cortar 24% de CO2 em relação a aumento do PIB

Valor deve ser anunciado hoje; país é o único grande emissor ainda sem meta

DA REPORTAGEM LOCAL

A Índia aposta que pode ser possível cortar a sua intensidade de carbono em 24% até 2020, em comparação com os níveis de 2005, segundo relatório do governo obtido pela agência de notícias Reuters.
"Intensidade de carbono" significa a quantidade de CO2 emitida por cada unidade do PIB (Produto Interno Bruto).
Até 2030, a Índia estima que poderia atingir uma redução na sua intensidade de carbono de até 37%, em relação aos níveis de 2005. O relatório de onde vieram os números é fruto do trabalho de vários departamentos do governo indiano.

Faixa variável
Ainda assim, um alto membro do governo da Índia, que prefere não ter o nome citado, diz que as metas finais do país, (que provavelmente serão apresentadas no encontro da ONU para o clima em Copenhague, na próxima semana) em vez de um número específico, podem ser apresentadas como um espectro de valores, com margens de erro.
A Índia, o quinto maior emissor, está sob pressão para anunciar detalhes de como vai controlar as suas crescentes emissões de carbono.
China e Estados Unidos, respectivamente o país que mais emite e o segundo, declararam planos de cortar emissões de gases-estufa, deixando a Índia como o único grande poluidor que ainda não declarou metas.
Membros do governo disseram que Jairam Ramesh, ministro do Meio Ambiente da Índia, vai fazer um discurso no parlamento hoje, anunciando as metas, que provavelmente serão voluntárias. Além disso, não devem estar abertas a verificações por inspetores estrangeiros, nem fazer parte de um acordo legalmente vinculante.
Reduzir a intensidade de carbono significa que as emissões totais da Índia continuarão crescendo nos próximos anos.
Países em desenvolvimento, de acordo com o Protocolo de Kyoto, não tem obrigação de fazer cortes. Mas muitos, como China e Índia, dizem que eles estão tomando medidas voluntárias para reduzir emissões.
Esperava-se que o encontro de Copenhague, que será entre os dias 7 e 18 de dezembro, pudesse criar um acordo legalmente vinculante.
As negociações não correram muito bem, mas ainda há esperança de que pelo menos um acordo político forte possa ser feito na conferência.
A Índia disse que os países ricos estavam propondo cortes "anêmicos", mas que ainda poderiam ajudar a selar um acordo global transferindo tecnologia para reduzir emissões e pagando para reduzir o impacto da mudança climática em lugares mais vulneráveis.

Com Reuters



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