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BIOLOGIA
Microrganismos vivem 11 km abaixo da superfície
Britânicos e japoneses acham vida nas profundezas de fossa oceânica
STEVE CONNOR
DO "INDEPENDENT"
Uma rica coleção de microrganismos foi descoberta morando
nas mais profundas regiões do
oceano, onde a pressão provocada pela água é violentíssima, atingindo mais de uma tonelada por
centímetro quadrado. Uma equipe de biólogos marinhos do Japão
e do Reino Unido descobriu que
as criaturas macias e delicadas
predominam entre as formas de
vida microbianas que habitam o
sedimento nas profundezas de
uma fossa no oceano Pacífico.
O local da descoberta, chamado
Challenger Deep, é o ponto mais
profundo da fossa das Marianas,
no Pacífico Sul. A fossa atinge 11
quilômetros abaixo do nível normal do leito do oceano em sua região mais funda e poderia facilmente submergir o monte Everest
com uma camada de água de mais
de um quilômetro.
Yuko Todo, da Universidade
Shizuoka, no Japão, e Andrew
Gooday, do Centro de Oceanografia de Southampton, recuperaram os micróbios com a ajuda de
um robô submarino chamado
Kaiko, que é capaz de operar sob
pressões extremamente altas.
"Profundidades extremas tornam muito difícil obter amostras
de fossas no fundo do oceano",
dizem os cientistas hoje, na revista norte-americana "Science"
(www.sciencemag.org).
"Como resultado, quase nada é
sabido sobre esses pequenos organismos que vivem nos sedimentos -a chamada meiofauna- nesses ambientes, que estão
entre as regiões mais remotas na
Terra", dizem.
O robô Kaiko coletou amostras
de sedimento que trouxeram de
volta 432 tipos diferentes de
plâncton microbiano conhecidos
como foraminíferos. Todos menos quatro desses micróbios eram
espécimes delicados.
A fossa das Marianas se formou
de 6 milhões a 9 milhões de anos
atrás, como resultado da dinâmica das placas tectônicas.
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