São Paulo, sábado, 04 de agosto de 2001 |
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PANORÂMICA ENERGIA Inpe traz especialistas para discutir possibilidades de fusão nuclear controlada Pesquisadores de nove países encerraram ontem um evento que discutiu o processo de fusão nuclear em laboratório como fonte alternativa de energia, no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos (São Paulo). O encontro teve a participação de especialistas de Brasil, China, EUA, Ucrânia, Rússia, Reino Unido, Japão, Itália e Egito. Durante o evento, iniciado na última quarta-feira, foram apresentados e discutidos os últimos resultados de experimentos realizados nos "tokamaks", máquinas capazes de reproduzir as mesmas condições encontradas no núcleo de estrelas, como o Sol, para gerar energia. A fusão nuclear é um processo de obtenção de energia limpa, que não deixa resíduos tóxicos, ao contrário do que acontece no processo de fissão nuclear. Esse foi o segundo workshop sobre "tokamaks" esféricos realizado no Inpe. Com o avanço das pesquisas, foram desenvolvidos projetos de "tokamaks" sob a forma de toróides esféricos, muito semelhante a uma câmara de ar de pneu. Essa configuração permitiu melhorar o desempenho das máquinas, que, até hoje, ainda não foram capazes de gerar mais energia do que consomem. Atualmente, os países que desenvolvem experimentos em "tokamaks" esféricos são Brasil, Japão e Rússia, cada um com uma máquina, e os Estados Unidos, com dois equipamentos. O equipamento usado pelo Inpe, orçado em US$ 1,5 milhão, teve financiamento do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia) e da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). (DA FOLHA VALE) Texto Anterior: Tecnologia: Computador reconhece o dono pela voz Próximo Texto: Espaço: Mau tempo adia partida da Genesis Índice |
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