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Fóssil de dinossauro mostra pele e músculo
Ossada foi achada por adolescente no sítio do tio
National Geographic
![](../images/d0412200701.gif) |
Ilustração mostra como era hadrossauro da espécie achada |
DA REDAÇÃO
Um grupo de paleontólogos
apresentou ontem nos Estados
Unidos o primeiro fóssil de dinossauro conhecido com traços de pele e músculos. O hadrossauro -herbívoro com focinho em forma de bico de pato- está tão bem preservado
que os cientistas conseguiram
calcular a sua massa muscular e
descobrir que ele era mais musculoso do que se pensava, talvez
mais do que o tiranossauro.
"Isso não é uma marca deixada pela pele [na rocha]. É a pele
fossilizada", disse o paleontólogo Phil Manning, da Universidade Manchester, que coordenou os estudos sobre o animal.
"Passar a mão sobre essa pele
de dinossauro é o mais perto
que se pode chegar de tocar um
dinossauro real."
O fóssil foi encontrado em
2000 por Tyler Lyson, então
com 17 anos, que explorava o sítio de seu tio em Hell Creek
(Dakota do Norte). Hoje, Lyson
está concluindo doutorado em
paleontologia na Universidade
Yale, em New Haven (EUA).
O hadrossauro foi estudado
pela equipe de Manning com
uso de um scanner de tomografia computadorizada. O equipamento usado na investigação
foi emprestado pela Boeing e
pela Nasa. Os resultados do trabalho serão apresentados no
próximo dia 9 na televisão
americana em um documentário produzido pela National
Geographic Society, que ajudou
a bancar os estudos.
O animal, apelidado de Dakota, ficou tão bem preservado
porque foi soterrado em uma
camada de solo lamacento não
muito tempo depois de sua
morte. Segundo os cientistas, o
dinossauro de 67 milhões anos
também tem ligamentos, tendões e possivelmente alguns
órgãos internos preservados. O
estudo ainda não está completo, mas os cientistas concluíram que, além de maiores e
mais fortes do que se pensava,
os hadrossauros eram rápidos,
flexíveis e tinham escamas.
Sem cabeça
Manning afirma que, como o
animal foi fossilizado ("se tornou rocha"), não se consegue
saber a cor da sua pele. Segundo
ele, porém, o padrão das escamas lembra aquele associado à
mudança de cor em lagartos. O
estudo indica que o animal, um
adulto de 12 metros de comprimento, andava sobre duas patas e pesava cerca de 4.500 kg.
Sua musculatura permitiria
que ele corresse a cerca de 45
km/h, dizem os pesquisadores.
Como os estudos ainda não
terminaram, os pesquisadores
não sabem be, por exemplo, se a
cabeça do animal está preservada no bloco de rocha que envolve o fóssil. Eles afirmam que
esperam identificá-la "nos próximos dias" fazendo uma tomografia mais detalhada.
Com agências internacionais
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