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Gelo marinho do oceano Ártico atinge sua 2ª menor extensão
Pelo terceiro ano seguido, a banquisa não se recuperou do degelo do verão
Greenpeace
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Bóia de 15 m de diâmetro lançada por ambientalistas em Copacabana com a frase "SOS clima" |
DA REDAÇÃO
O gelo marinho que cobre o
oceano Ártico registrou neste
ano sua segunda menor extensão em toda a história, afirmam
cientistas americanos. A área
de mar coberta por pelo menos
15% de gelo neste mês foi de
14,7 milhões de quilômetros
quadrados, pouca coisa mais
que os 14,5 milhões de quilômetros quadrados registrados
em março de 2006.
Os pesquisadores do NSIDC
(Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo), do governo
americano, dizem que este é o
terceiro ano consecutivo no
qual o gelo marinho -que derrete no verão e congela de novo
no inverno- deixa de se recuperar totalmente.
A perda se deve a temperaturas acima da média (este inverno foi o mais quente da história
no hemisfério Norte), atribuídas ao aquecimento global.
"Esta tendência de longo
prazo, que parece estar acelerando, é realmente uma indicação do aquecimento, e a única
maneira pela qual você obtém
esse aquecimento é com gases-estufa", disse Walt Meier, pesquisador do NSIDC.
A perda progressiva de gelo
no Ártico é uma das conclusões
mais sólidas de um relatório sobre impactos do aquecimento
global a ser divulgado em Bruxelas amanhã. O documento é a
segunda parte do Quarto Relatório de Avaliação (AR4) do
IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Ele afirma que até 33%
do gelo marinho permanente
pode sumir em 2100, com risco
de um desaparecimento quase
total nos meses de verão. Espécies que dependem da banquisa
para viver, como os ursos polares, estão ameaçadas.
Neste mês, a extensão do gelo
marinho perene era 7% menor
que a média de 1979 a 2000.
O documento que será divulgado em Bruxelas prevê também prejuízos econômicos de
toda sorte e danos a obras de infra-estrutura, como redes de
água e esgoto. As zonas mais
vulneráveis são as cidades litorâneas, que sofrerão com a elevação do nível do mar e o aumento na freqüência de fenômenos extremos como ressacas, e os países da África.
Outro alerta foi dado pela
Universidade do Estado do Colorado (EUA), que previu que a
temporada de furacões do
Atlântico de 2007 será mais
movimentada que a média,
com nove furacões.
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