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Kyoto atacará emissões de aviação e navegação
DA REDAÇÃO
A Convenção do Clima das
Nações Unidas concordou ontem em considerar a permissão
para que países industrializados que assinaram o Protocolo
de Kyoto usem cortes de emissões em navegação e aviação
para atingir seus objetivos na
redução de gases relacionados
ao aquecimento global.
A decisão foi tomada no final
de uma reunião em Bancoc,
Tailândia, na qual foi adotada
uma agenda de negociações do
acordo que deverá ser adotado
em 2009 para substituir e ampliar o tratado de Kyoto, que
expira em 2012.
A agenda inclui discussões
para resolver como os países
vão cortar suas emissões de gases-estufa e como os países ricos vão financiar a adaptação
dos pobres à mudança climática e a sua transição para uma
economia sem carbono.
É o primeiro passo para
transformar em um texto de
negociação o plano de ação
adotado em dezembro em Bali,
Indonésia, na última conferência do clima da ONU.
"O trem para Copenhague
saiu da estação", disse o chefe
da Convenção do Clima, Yvo de
Boer, referindo-se à cidade onde o novo acordo será firmado.
Mas o trilho não está livre de
desvios. "Vários países aproveitaram para reabrir discussões
que já estavam encerradas",
disse Marcelo Furtado, do
Greenpeace, que acompanhou
a reunião. Nações como Rússia
e Canadá querem incluir o seqüestro de carbono feito por
suas florestas como medida de
redução de emissões -algo que
Kyoto já havia excluído. O Japão quer metas voluntárias para a segunda fase de Kyoto.
A decisão de atacar as emissões dos setores de transporte
aéreo e naval foi considerada
um avanço, já que recentemente se descobriu que só a marinha mercante responde por 4%
das emissões mundiais. Os dois
foram excluídos de Kyoto.
"Isso estava havia mais de
uma década parado na Organização Internacional da Aviação
Civil e na Organização Marítima Internacional, e agora vão
ter de discutir", disse Furtado.
Um pedido de discussão sobre metas de redução de emissões dos EUA foi rejeitado e deve ficar para 2009, quando o novo presidente terá assumido.
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