|
Índice
Falsa lembrança em idosos não é problema de memória, diz estudo
da Redação
Falsas lembranças, comuns em
idosos e em portadores do mal de
Alzheimer (doença degenerativa
do sistema nervoso), podem não
ser problema de memória, mas de
atenção, segundo um estudo a ser
apresentado hoje no encontro
anual da Sociedade Americana de
Psicologia, em Denver, nos EUA.
Liderada por David Balota, da
Universidade de Washington, a
pesquisa, combinada a outras recentes, indica um novo modelo para o mal de Alzheimer, baseado nas
funções ligadas à atenção.
"Problemas de memória ligados
ao envelhecimento não vêm do declínio geral da memória, como na
amnésia, mas de colapsos em algumas partes do cérebro que processam a informação após ela ser resgatada", afirma Balota. Essa conclusão permite "estratégias mais
adequadas para treinar pessoas e
reduzir o declínio cognitivo", diz.
No estudo, voluntários passavam
por um teste de associação de palavras. Liam uma lista com vários
termos -"cama, deitar, cansado"- ligados a outros, como "sono", ausentes da lista. Após um
tempo, deviam lembrar os termos.
Os idosos (70 a 85 anos) citavam
as palavras da lista em 55% das
tentativas e as palavras ausentes,
porém evocadas, em 37% das vezes. Pessoas com Alzheimer citavam palavras da lista em 32% das
vezes e palavras ausentes em 35%.
Jovens saudáveis lembravam corretamente em 70% das vezes.
A origem dos erros poderia ser a
falta de "foco" da atenção. Para Balota, "isso permite interpretar os
colapsos de memória e de atenção
do mal de Alzheimer".
Índice
|