São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2011

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Ciência voltou a acreditar em planeta 'molhado'

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A questão da água em Marte é uma das mais antigas e da história da astronomia. Até a década de 1950, a comunidade científica era dividida entre os que apostavam num planeta seco e numa minoria que ainda dava alento a especulações como a dos canais de Percival Lowell.
Com o advento das sondas espaciais, a partir da década de 1960, a ideia de planeta seco ganhou força total. As sondas Viking, de 1976, fizeram observações orbitais e em solo e não conseguiram encontrar sinais inequívocos de água líquida, que dirá de vida. Marte parecia morto.

RENASCENÇA
As coisas só mudariam na década de 1990, quando cientistas da Nasa anunciaram ter achado traços de vida bacteriana num meteorito proveniente do planeta vermelho. As conclusões até hoje são controversas, mas foi o suficiente para redespertar o interesse por Marte.
A partir de 1997, a sonda Mars Global Surveyor passou a identificar traços na superfície que indicavam a presença de rios e correntezas de água líquida no passado remoto de Marte. Começou a se consolidar a hipótese de que o planeta já foi quente e úmido bilhões de anos atrás.
Os jipes robóticos Spirit e Opportunity confirmaram essa hipótese quando começaram a perambular por duas regiões diferentes de Marte, em 2003, e encontraram minerais que só podem ser formados na presença de água.
As sondas orbitais Mars Odyssey e Mars Express terminaram de montar esse quadro ao identificar sinais de gelo em grande quantidade no subsolo marciano, descoberta confirmada in loco pela sonda de pouso Phoenix, que em 2008 usou uma pá robótica para escavar o solo e encontrar gelo.
Ao longo dos últimos anos, tanto a Global Surveyor (que parou de funcionar em 2006) como sua sucessora, o Mars Reconnaissance Orbiter, começaram a detectar sinais de mudanças ocasionais no solo, sugerindo que, ainda hoje, de vez em quando ainda corre alguma água pela superfície. Mas ainda há muitas perguntas não respondidas. (SN)


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