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SAIBA MAIS
Cultura tapajó ainda desafia os arqueólogos
DA REDAÇÃO
Famosa por seus vasos cerâmicos realistas e cheios de
apliques em forma de bicho
e gente e pelos muiraquitãs
(adornos em forma de sapo), a cultura Santarém, dos
índios tapajós, acabou dando nome à Amazônia.
Foi de encontros nada
amistosos com os tapajós no
século 16 que cronistas espanhóis como o frade Gaspar
de Carvajal criaram a lenda
das amazonas, transportando à floresta as mulheres
guerreiras da mitologia grega (provavelmente as mulheres de Santarém também
lutavam em guerras) e batizando o grande rio.
O tamanho de Santarém e
o poderio de seus caciques
também eram notáveis. "Bota de si 60 mil arcos quando
manda dar guerra", relatou
em 1662 sobre a aldeia dos
tapajós o ouvidor português
Maurício Heriarte.
Alguns arqueólogos calculam em 200 mil pessoas a população de Santarém na pré-história. A cidade, no entanto, nunca foi escavada de
forma sistemática. Continua
sendo um mistério para os
arqueólogos.
(CA)
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