São Paulo, quinta-feira, 05 de outubro de 2006

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Família Curie foi a recordista em prêmio doméstico

DA ASSOCIATED PRESS

A história dos Prêmios Nobel é rica em indícios de que a genialidade pode ser um traço hereditário. Roger Kornberg, herdeiro de Arthur Kornberg (Medicina, 1959), é o sétimo filho de um laureado a conseguir a honraria também para si.
O primeiro caso de premiação em família foi em 1903, quando a cientista franco-polonesa Marie Curie ganhou o Nobel de Física com seu marido Pierre, dois anos após o prêmio ser instituído. Ela foi laureada de novo oito anos depois, em Química, área que também rendeu o laurel a sua filha Iréne, em 1935 -em parceria com o marido Frédéric Joliot.
A família Curie foi a única a ter casais dividindo o Nobel por duas gerações. Em outras cinco houve premiação a pais e filhos.
Em 1915, o físico britânico William Bragg compartilhou um nobel com seu filho Lawrence Bragg, então com 25 anos (o mais jovem Nobel da história). Os dois desenvolveram a técnica de cristalografia para determinar a estrutura de moléculas, método precursor daquele que Roger Kornberg usou em seu trabalho.
O dinamarquês Niels Bohr, ganhador do prêmio de Física de 1922 por descobrir propriedades do átomo, teve um filho laureado, Aage Bohr, em 1975.
Outra família premiada em gerações consecutivas foi a de Hans von Euler-Chelpin (Química, 1929) e seu filho Ulf von Euler (Medicina, 1970). Manne Siegbahn e Kai Siegbahn ganharam o Nobel de Física em 1924 e 1981, respectivamente. O mesmo prêmio foi concedido a Joseph John Thomson (1906) e George Thomson (1937).
O único caso de irmãos "nobelistas" foi o de Jan Tinbergen (Economia, 1969) e Niko Tinbergen (Medicina, 1973).


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