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Família Curie foi a recordista em prêmio doméstico
DA ASSOCIATED PRESS
A história dos Prêmios Nobel
é rica em indícios de que a genialidade pode ser um traço hereditário. Roger Kornberg, herdeiro de Arthur Kornberg (Medicina, 1959), é o sétimo filho de
um laureado a conseguir a
honraria também para si.
O primeiro caso de premiação em família foi em 1903,
quando a cientista franco-polonesa Marie Curie ganhou o Nobel de Física com seu marido
Pierre, dois anos após o prêmio
ser instituído. Ela foi laureada
de novo oito anos depois, em
Química, área que também
rendeu o laurel a sua filha Iréne, em 1935 -em parceria com
o marido Frédéric Joliot.
A família Curie foi a única a
ter casais dividindo o Nobel por
duas gerações. Em outras cinco
houve premiação a pais e filhos.
Em 1915, o físico britânico
William Bragg compartilhou
um nobel com seu filho Lawrence Bragg, então com 25
anos (o mais jovem Nobel da
história). Os dois desenvolveram a técnica de cristalografia
para determinar a estrutura de
moléculas, método precursor
daquele que Roger Kornberg
usou em seu trabalho.
O dinamarquês Niels Bohr,
ganhador do prêmio de Física
de 1922 por descobrir propriedades do átomo, teve um filho
laureado, Aage Bohr, em 1975.
Outra família premiada em
gerações consecutivas foi a de
Hans von Euler-Chelpin (Química, 1929) e seu filho Ulf von
Euler (Medicina, 1970). Manne
Siegbahn e Kai Siegbahn ganharam o Nobel de Física em
1924 e 1981, respectivamente.
O mesmo prêmio foi concedido
a Joseph John Thomson (1906)
e George Thomson (1937).
O único caso de irmãos "nobelistas" foi o de Jan Tinbergen
(Economia, 1969) e Niko Tinbergen (Medicina, 1973).
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