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ARGENTINA
Lei de proteção a geleiras "derrete" no Parlamento
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
O projeto de lei que protegia as geleiras argentinas
"derreteu" nesta semana no
Congresso do país vizinho
por falta de votos para retomar a iniciativa, vetada pela
presidente Cristina Kirchner no último dia 10.
A chamada Lei dos Glaciares também foi apontada como pivô da queda, na terça-feira, da secretária (ministra) do Meio Ambiente da
Argentina, Romina Picolotti.
A lei criava um inventário
nacional de geleiras e proibia
atividades industriais -como exploração mineral e petrolífera- nessas formações
e em seu entorno. ONGs e
oposição apontaram motivações econômicas para o veto.
O texto voltou à Câmara,
mas anteontem não houve
votos suficientes para derrubar a negativa presidencial.
Foram 107 votos a favor e 90
contra, quando seriam necessários 196 (75% do total).
O governo justificou o veto
pelas "repercussões negativas no desenvolvimento econômico e nos investimentos"
das Províncias. Informou
que vai trabalhar com governadores e legisladores para
"consensuar" um novo projeto de lei para a defesa dos
glaciares, que já sofrem com
o aquecimento global.
Do lado do governo, a demissão de Picolotti foi justificada por ineficiência administrativa, como uma baixa
execução do orçamento da
pasta (30% em 2008). O novo secretário, Homero Bibiloni, 55, advogado na área
ambiental, assumiu ontem.
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