São Paulo, sexta, 6 de março de 1998

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Exame de HIV pode ter falha em inseminação

da Redação

Médicos alemães anunciaram ontem um caso de contaminação pelo vírus HIV de uma mulher de 35 anos causado por inseminação artificial a partir de esperma de um homem cujo teste sanguíneo de Aids havia sido negativo.
O resultado do teste de HIV do doador teria sido negativo no período entre a doação e a inseminação. Três meses depois, um novo exame apontou a contaminação pelo vírus, afirmaram em carta à revista médica britânica "The Lancet" o médico Bertfried Matz e colegas da Universidade de Bonn.
Matz disse que o caso reforça a necessidade de o esperma colhido para inseminação ser congelado e armazenado por no mínimo três meses para haver tempo de que qualquer contaminação pelo HIV possa ser detectada.
"Na medida em que esse armazenamento de quarentena não é obrigatório em muitos países, a inseminação continua sendo um fator de risco", disse Matz.
A contaminação pelo vírus da Aids em inseminações artificiais não é novidade, segundo David Lewi, infectologista da Universidade Federal de São Paulo. O que torna o caso raro, segundo Lewi, é o fato de o doador ter obtido resultado negativo em teste de HIV.



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