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Devastação volta ao patamar do final da década de 90, após recorde em 2003
CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA
Ambientalistas receberam a
notícia da queda no desmatamento na Amazônia com a cautela habitual. O sentimento geral é que a notícia é boa, sim,
mas não merece ser comemorada. Afinal, tudo o que aconteceu foi um retorno ao patamar
do fim da década de 1990, de 17
mil quilômetros quadrados de
floresta perdidos por ano
-quase uma Eslovênia.
"A projeção de redução em
11% confirmaria uma dramática constatação: o que na década
de 90 era teto agora virou piso",
disse Roberto Smeraldi, da
ONG Amigos da Terra Amazônia Brasileira.
Para Adalberto Veríssimo,
pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), está se
confirmando uma queda que já
era esperada. "É preciso entender agora qual foi o papel do governo e qual foi o do mercado."
O governo corre agora para
fechar a estimativa oficial, do
Prodes, que Marina Silva pretende apresentar em novembro no Quênia num encontro
da Convenção do Clima. A idéia
é mostrar que o desmatamento
tropical pode ser controlado
-e obter compensação dos países ricos por esse controle.
Se consolidada a previsão,
Marina apagará a imagem de
ministra fracassada que viu o
desmatamento chegar ao recorde de 27,2 mil quilômetros
quadrados em 2003. Terminará o governo como um dos ministros mais cacifados de Lula.
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