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São Paulo, sexta-feira, 07 de março de 2003

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AMBIENTE

Relatório da ONU aponta "inércia" de governos

Falta de água pode afetar até 75% da população em 2050, diz Unesco

DA REDAÇÃO

Até 7 bilhões de pessoas poderão enfrentar a falta de água no ano 2050, diz um relatório das Nações Unidas apresentado anteontem. Se medidas urgentes não forem tomadas para implementar o uso racional dos recursos hídricos, o relatório prevê que 60 países, respondendo por 75% da população mundial, deverão sofrer com o problema.
Mesmo na melhor das hipóteses, o estudo coordenado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) prevê que 2 bilhões de seres humanos em 48 países não terão água suficiente em 2050.
"Nenhuma região será poupada do impacto dessa crise, que toca todas as facetas da vida, da saúde das crianças à capacidade das nações de providenciar comida", disse o japonês Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco.
O relatório, batizado de "Água para as Pessoas, Água para a Vida", foi preparado para nortear as discussões do 3º Fórum Mundial da Água, que acontece em Kyoto, no Japão, a partir do próximo dia 16. Para a ONU, "problemas de postura e de comportamento estão no centro dessa crise: inércia dos governantes e uma população que ainda não se deu conta da escala da calamidade".
Para Gordon Young, diretor do Programa Mundial de Avaliação da Água da Unesco, o problema aumenta a tensão política no Oriente Médio -quatro dos cinco países e territórios onde a falta d'água é mais aguda estão na região.
De acordo com o relatório, uma criança nascida no mundo desenvolvido consome de 30 a 50 vezes mais água que uma criança dos países pobres.
Contudo, o país com a pior qualidade e distribuição de água segundo o estudo é a Bélgica, graças ao excesso de poluição industrial e à falta de tratamento de dejetos.


Com agências internacionais


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