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AMBIENTE
Relatório da ONU aponta "inércia" de governos
Falta de água pode afetar até 75% da população em 2050, diz Unesco
DA REDAÇÃO
Até 7 bilhões de pessoas poderão enfrentar a falta de água no
ano 2050, diz um relatório das
Nações Unidas apresentado anteontem. Se medidas urgentes
não forem tomadas para implementar o uso racional dos recursos hídricos, o relatório prevê que
60 países, respondendo por 75%
da população mundial, deverão
sofrer com o problema.
Mesmo na melhor das hipóteses, o estudo coordenado pela
Unesco (Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência
e Cultura) prevê que 2 bilhões de
seres humanos em 48 países não
terão água suficiente em 2050.
"Nenhuma região será poupada
do impacto dessa crise, que toca
todas as facetas da vida, da saúde
das crianças à capacidade das nações de providenciar comida",
disse o japonês Koichiro Matsuura, diretor-geral da Unesco.
O relatório, batizado de "Água
para as Pessoas, Água para a Vida", foi preparado para nortear as
discussões do 3º Fórum Mundial
da Água, que acontece em Kyoto,
no Japão, a partir do próximo dia
16. Para a ONU, "problemas de
postura e de comportamento estão no centro dessa crise: inércia
dos governantes e uma população
que ainda não se deu conta da escala da calamidade".
Para Gordon Young, diretor do
Programa Mundial de Avaliação
da Água da Unesco, o problema
aumenta a tensão política no
Oriente Médio -quatro dos cinco países e territórios onde a falta
d'água é mais aguda estão na região.
De acordo com o relatório, uma
criança nascida no mundo desenvolvido consome de 30 a 50 vezes
mais água que uma criança dos
países pobres.
Contudo, o país com a pior qualidade e distribuição de água segundo o estudo é a Bélgica, graças
ao excesso de poluição industrial
e à falta de tratamento de dejetos.
Com agências internacionais
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