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Físico diz que LHC achará partícula que ele teorizou
Peter Higgs quer vê-la detectada antes de seus 80 anos
Fabrice Coffrini/Efe
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Peter Higgs dá entrevista na sede do Cern, em Genebra
DA REDAÇÃO
O físico Peter Higgs, 78, afirmou ontem que deve ser possível, em breve, provar a existência de uma partícula que dá massa para o Universo e torna a
vida possível -como ele argumentou há 40 anos.
O cientista escocês disse
acreditar que a partícula, batizada "bóson de Higgs", será finalmente encontrada pelo centro de pesquisa franco-suíço
Cern (Organização Européia de
Pesquisa Nuclear). Ele diz confiar que isso ocorrerá quando o
acelerador de partículas LHC
(Grande Colisor de Hádrons,
na sigla em inglês) estiver operando plenamente, no começo
do próximo ano.
O bóson de Higgs, previsto
até agora somente em teoria,
poderia explicar por que a matéria possui massa.
"A probabilidade é que a partícula irá aparecer rapidamente... Estou mais de 90% certo
disso", afirmou Higgs a jornalistas ontem. Ele esteve em Genebra para visitar o Cern.
O LHC -instalado num túnel de 27 km de circunferência- vai usar imãs supercondutores para acelerar núcleos de átomos e fazê-los chocarem-se
entre si. O choque produz uma
quantidade grande de energia,
que então dá origem a uma série de partículas -algumas triviais, como os elétrons. A expectativa é encontrar o Higgs
entre essas partículas.
Cientistas do Cern esperam
que o processo produza sinais
claros do bóson -apelidado de
"partícula de Deus" para desgosto de Higgs, que é ateu.
"Eu acho embaraçoso [o apelido] porque, embora eu não seja religioso, é o tipo de mau uso
de terminologia que pode ofender algumas pessoas", já disse
ele uma vez.
Champanhe no gelo
Higgs espera que o bóson seja
identificado antes do seu aniversário de 80 anos, em 2009.
"Se não ocorrer, eu ficarei muito, muito perplexo", disse.
"Tudo acontece tão rápido
que o aparecimento do bóson
pode estar escondido nas informações coletadas, mas pode
demorar um bom tempo para a
análise encontrá-la. Eu posso
ter de manter a champanhe no
gelo por um tempo ainda", afirmou ainda o cientista.
O físico passou a maior parte
de sua carreira na Universidade
de Edimburgo, na Escócia.
Com Reuters e "The Independent"
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