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Sexo aumenta tolerância de ratos
ao estresse, afirma estudo no Rio
DO ENVIADO ESPECIAL A NATAL
Sexo faz bem para a saúde, mais
especificamente para o sistema
nervoso. Essa é a conclusão preliminar de um estudo que está começando agora no Rio de Janeiro.
Ele tem por meta entender a relação entre comportamento sexual,
depressão, drogas antidepressivas
e outras que estimulam o sexo.
Antes que corram voluntários
ao campus da Uerj (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro), convém deixar claro que o estudo está
sendo feito com ratos.
Os experimentos partem de um
modelo de estudo da depressão
chamado "teste de nado forçado".
O animal é colocado em um recipiente cilíndrico com água. O rato
vai nadando em círculos, até o
momento em que percebe que
não tem como sair do local, quando então pára e fica boiando.
"Ninguém tinha feito experimentos com nado forçado e comportamento sexual antes, por isso
decidimos testar a relação", diz
Ana Paula Pinto, aluna de graduação que idealizou os experimentos. O trabalho, apresentado no 1º
Simpósio de Neurociências de
Natal, inclui nove pesquisadores.
"A libido baixa é um sinal de depressão", diz o orientador de Ana
Paula, Marcos Ferraz, da Uerj.
A fase inicial foi selecionar o que
se poderia chamar de "rato bom
de cama". Os animais foram filmados copulando e seu desempenho anotado -quanto tempo ficavam sobre a fêmea, como era a
ejaculação etc. "Ficávamos vendo
filme pornô de rato", brinca outra
das autoras, Julia Fontanella.
O treinamento sexual do rato
antes do nado forçado "reduziu o
impacto do modelo de estresse",
diz Ferraz. Os ratos que haviam
copulado antes não desistiam tão
fácil, ficavam mais tempo nadando que os outros.
Os próximos passos do estudo
envolvem o uso de drogas para estabelecer as relações entre elas.
(RBN)
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