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Conexão com o sistema nacional é uma incógnita
JULIANA ARINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Outro ponto ainda obscuro no projeto é o real
traçado de suas linhas de
transmissão. De acordo
com o edital de leilão da
usina, de dezembro de
2005, essa ligação aconteceria com o município de
Juína. E faria com que o
custo real da obra subisse
dos R$ 538 milhões previstos inicialmente para
R$ 727 milhões.
Acontece que Juína, como Aripuanã, tampouco
faz parte do SIN (Sistema
Interligado Nacional), diz
Paulo César Magalhães, da
Eletronorte. Seria necessária a construção de linhas adicionais para ligá-la ao sistema.
Segundo Gonçalves Júnior, da UFMT, a extensão
das linhas de Juína até o
ponto de conexão mais
próximo com o SIN seria
de pelo menos 500 quilômetros, o que elevaria o
custo de Dardanelos para
mais de R$ 1 bilhão.
Magalhães contesta: segundo ele, a linha de uso
exclusivo de Dardanelos
vai só até Juína. Dali para
baixo, até a cidade de Jauru, o custo das linhas seria
"rateado" entre uma série
de outras hidrelétricas.
Entre elas está um conjunto de nove centrais
proposto por um consórcio integrado pela Maggi
Energia -empresa do governador do Estado, Blairo Maggi (PPS). Das cinco
alternativas de traçado de
linha propostas pela EPE
(Empresa de Pesquisa
Energética) para as novas
linhas de transmissão de
MT, quatro têm as PCHs
da Maggi no caminho entre Dardanelos e o SIN.
O diretor-superintendente da Maggi Energia,
Roberto Rubert, nega que
o interesse do governo em
Dardanelos se deva às linhas. "Nós prevíamos a
conexão na linha Jauru-Vilhena [RO], que está em
licitação. Mas a EPE sugeriu outro ponto de conexão, ainda em estudo."
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