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LHC vai alimentar rede de 60 mil computadores
Acelerador de partículas será ligado amanhã
Salvatore di Nolfi/Efe
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Imã gigantesco é instalado em uma das cavernas do LHC
DA REPORTAGEM LOCAL
Para alegria dos físicos, a máquina mais poderosa do mundo, o LHC (Grande Colisor de
Hádrons, na sigla em inglês) será ligada amanhã.
O choque desses compostos
de prótons e nêutrons (partículas da classe dos hádrons) vai
gerar uma quantidade tão descomunal de dados que não será
possível processá-los só nas
máquinas do próprio LHC, na
divisa da Suíça com a França.
As partículas vão correr
umas contra as outras em um
túnel de 27 km de extensão, que
tem algumas partes resfriadas a
-271,25C. Os resultados oriundos dessas colisões, entretanto,
vão seguir pelo mundo todo.
A grade do LHC terá 60 mil
computadores. O objetivo da
construção do complexo franco-suíço, que custou US$ 10 bilhões e é administrado pelo
Cern (Organização Européia de
Pesquisa Nuclear, na sigla em
inglês), é revolucionar a forma
de se enxergar o Universo.
O processamento pesado de
dados é necessário para que os
cientistas possam se encontrar
nas montanhas de informações
que serão produzidas quando
os quatro grandes detectores
do LHC -dez vezes mais preciso do que qualquer outro instrumento- começarem a fazer
medições em nível subatômico.
"Você pode pensar que cada
experimento é uma câmera digital gigante com 150 milhões
de pixels tomando imagens
600 milhões de vezes por segundo", afirma Ian Bird, líder
do projeto Grid.
Milhões de DVDs
Não é qualquer dado que vai
chegar aos milhares de computadores ligados ao LHC. Sofisticados filtros vão fazer uma triagem prévia das informações.
Mesmo assim, sobrarão 15 petabytes anualmente para serem
trabalhados, que passarão por
uma espécie de pente fino. Isso
é suficiente para ocupar 2 milhões de DVDs.
Os dados, então, serão enviados por linhas de alta velocidade para 11 instituições na Europa, América do Norte e Ásia.
Destes locais, as informações
serão distribuídas para mais de
150 centros científicos.
O Brasil, apesar de não ser
membro do Cern, tem cientistas e estudantes contribuindo
nos detectores do LHC.
Com agências internacionais
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