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EUA criam células-tronco para simular mal genético
Universidade Harvard produz material de pesquisa para estudar dez anomalias
Novo laboratório servirá como provedor de linhagens celulares que deverão ser distribuídas a cientistas de outros centros de estudos
Shinya Yamanaka/Divulgação
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Cultura de células-tronco produzidas com a nova técnica
DA ASSOCIATED PRESS
Um grupo de cientistas da
Universidade Harvard anunciou nesta semana a criação de
linhagens de células tronco
com mutações de DNA para o
estudo de dez doenças genéticas diferentes. A intenção dos
pesquisadores é simular em laboratório o desenvolvimento
de tecidos orgânicos de portadores dessas anomalias para
pesquisar novos tratamentos.
O trabalho está descrito em
estudo na revista científica
"Cell" (www.cell.com). Os
pesquisadores dizem que em
breve poderão fornecer as novas células a outros cientistas.
O grupo que criou as novas
linhagens é liderado pelo biólogo George Daley, do Instituto
de Células-Tronco de Harvard.
Sua equipe usou células comuns de pele e de medula óssea de portadores das doenças
genéticas para criar as novas linhagens experimentais.
Entre as anomalias escolhidas para a iniciativa estão algumas ligadas à doença de Huntington e à síndrome de Down.
Males mais complexos, como o
de Parkinson, também resultante da influência ambiental,
estão incluídos na lista.
As novas células permitirão
observar o progresso das doenças em bancadas de laboratório
e estudar seu mecanismo molecular, afirmou Douglas Melton, um dos diretores do instituto em Harvard. "Acho que vamos ver nos próximos anos
que isso vai abrir portas para
uma nova maneira de tratar
doenças degenerativas."
Para criar as novas células,
Daley usou a técnica criada pelos grupos dos pesquisadores
Shinya Yamanaka e James
Thomson. No ano passado, os
dois anunciaram uma maneira
de reprogramar células comuns para fazê-las adquirir a
mesma versatilidade das células-tronco embrionárias.
Melton afirma que as novas
linhagens de células que reproduzem males específicos "representam uma coleção de
doenças para as quais ainda
não há tratamentos bons e,
mais importante, não há bons
modelos animais [cobaias] para estudá-las, em sua maioria".
Um novo laboratório foi criado só para servir como provedor de células para pesquisas,
distribuindo-as a outros cientistas. "A esperança é que isso
acelere a pesquisa e crie um clima de abertura", diz Daley.
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