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FÍSICA
Aos 95 anos de idade, físico nascido na Hungria e ícone da corrida armamentista no século 20 sofre derrame nos EUA
Morre Teller, "pai" da bomba de hidrogênio
DA REDAÇÃO
O físico Edward Teller, 95, conhecido como o "pai" da bomba
de hidrogênio, morreu anteontem nos EUA, vítima de derrame.
Teller é considerado um dos
maiores defensores da corrida armamentista. Além de mentor da
"bomba H", participou do Projeto Manhattan, programa secreto
do governo americano que produziu a primeira bomba atômica.
Teller foi um defensor do escudo
antimísseis com auxílio de satélites que ficou conhecido como
"Guerra nas Estrelas".
Teller, que nasceu na Hungria
em 1908, foi um dos cientistas judeus que escaparam da Alemanha nazista na década de 30, indo
para os EUA. Em 1941, o físico recebeu a cidadania americana.
A bomba H funciona com a explosão de uma bomba atômica
para induzir a fusão de átomos de
hidrogênio, o que libera enorme
quantidade de energia.
Os EUA detonaram a primeira
"bomba H" no atol de Eniwetok,
no Pacífico, em novembro de
1952. Ela era 2.500 vezes mais potente que as bombas lançadas pelos americanos em Hiroshima e
Nagasaki, em 1945, que mataram
mais de 100 mil civis.
Teller ficou conhecido também
por sua repulsa às idéias soviéticas. Em julho de 2003, ele recebeu
a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração
concedida nos EUA.
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