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EMBRIOLOGIA
Estudo quer desvendar doenças congênitas
Grupo nos EUA faz camundongo mutante desenvolver dois corações
FERNANDA CALGARO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Embriões de camundongo modificados geneticamente desenvolveram dois corações. Os animais mutantes foram resultado
de uma pesquisa desenvolvida
por uma equipe da Universidade
da Pensilvânia (EUA), e publicada
na revista científica "Science".
No estudo, o gene Foxp4, que
regula a ativação de outros genes
no camundongo, foi modificado e
inserido em células embrionárias.
As duas regiões de um embrião
normal que seriam destinadas a
produzir o coração -que, durante o desenvolvimento, se fundem
para formar o órgão com quatro
cavidades-, foram separadas.
Em ambos os lados, ocorreu o desenvolvimento independente de
um coração, o que fez os cientistas
concluírem que a união dessas
duas partes do embrião não é necessária, como se imaginava.
Os dois corações do embrião
mutante aparentavam ser órgãos
completos, com válvulas e quatro
cavidades (átrios e ventrículos).
"Os estudos indicam que as células primordiais do coração em
embriões estão geneticamente
programadas desde um estágio
muito anterior ao que se pensava.
E o conhecimento do desenvolvimento inicial do coração poderá
levar a uma melhor compreensão
de outros eventos que causam
doenças congênitas em humanos", explicou Edward Morrisey,
co-autor do estudo.
O próximo passo da pesquisa
será identificar os genes que são
regulados pelo Foxp4, que não se
ativa em todas as células cardíacas. O objetivo agora será determinar que tipo de célula, excluindo-se o Foxp4, leva à formação de
dois corações.
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