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MEDICINA
Grupo extrai célula-tronco versátil de testículo humano
DA "NEW SCIENTIST"
Homens podem se sentir
desconfortáveis com a idéia,
mas biópsias em testículos
estão se mostrando uma boa
fonte de células-tronco de
potencial terapêutico. A esperança é que o tecido criado
a partir do material testicular de um paciente não seja
rejeitado quando implantado em outro lugar do corpo.
O potencial das células de
testículo foi mostrado em estudo do grupo de Thomas
Skutella, da Universidade de
Tübingen, na Alemanha, publicado anteontem na revista
"Nature". Os cientistas coletaram espermatogônias, as
células que eventualmente
formam espermatozóides, e
conseguiram transformá-las
em diversos outros tipos de
célula em laboratório.
"Nós as fizemos virar pele,
estruturas do intestino, cartilagem, osso, músculo e
neurônios", diz Skutella.
A idéia de retirar células
dos testículos parece dolorosa, mas o pesquisador diz que
esse tipo de biópsia já é feito
com freqüência em homens
submetidos a tratamentos de
fertilidade. "Biópsias de pele
podem parecer mais aceitáveis, mas elas machucam
tanto quanto aquelas nos
testículos", diz.
Em 2006, já havia sido
mostrado que células de espermatogônias são semelhantes às embrionárias. Segundo o biólogo Robert Lanza, da empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology, o trabalho de Skutella
mostrando que o mesmo vale para humanos é um "golaço", que "contorna os problemas imunológicos e éticos
associados às células-tronco
embrionárias".
Outros pesquisadores
alertam que mais estudos
são necessários para avaliar
o potencial das células de
testículo, já que as células de
Skutella não têm todas as características desejadas. "Elas
não são idênticas às células-tronco embrionárias", diz
Austin Smith, do Centro
Wellcome Trust para Pesquisa em Células-Tronco, da
Universidade de Cambridge.
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