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Grupo tinha pelos, sangue quente e voo
DA REPORTAGEM LOCAL
Repita três vezes o mantra
de muitos paleontólogos
mundo afora: "pterossauros
não são dinossauros".
É natural as pessoas confundirem os grupos -afinal,
o nome é parecido, e eles
conviveram durante mais de
100 milhões de anos-, mas
dizer que os pterossauros
eram dinossauros é mais ou
menos a mesma coisa que
afirmar que os jacarés de hoje também o são.
Na verdade, todos esses bichos -jacarés, dinossauros e
pterossauros- provavelmente descendem de um ancestral comum que viveu no
começo do Triássico, há quase 250 milhões de anos. Juntos, eles são conhecidos como arcossauros.
Embora facilite o entendimento chamar os pterossauros de "répteis voadores",
eles tinham um estilo de vida
bem distinto de qualquer
réptil de hoje. Para começar,
muitos, ou talvez todos, tinham o corpo coberto de pelos eriçados, que o paleontólogo Alexander Kellner compara às cerdas de uma vassoura. Isso, mais o metabolismo (funcionamento do organismo) acelerado necessário para voar, indicam que os
pterossauros tinham sangue
quente, como os mamíferos
de hoje.
Análises do interior do
crânio (via tomografia computadorizada) e das membranas que foram preservadas mostram que os bichos
conseguiam ajustar de forma
precisa a posição e até o formato das asas em pleno voo.
A chapada do Araripe, no
Nordeste brasileiro, é fonte
de alguns dos fósseis mais
importantes do grupo no
mundo. Daí a experiência de
Kellner com o grupo, que levou à parceria com os chineses. É o quinto trabalho do
grupo em conjunto.
(RJL)
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