São Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

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Grupo tinha pelos, sangue quente e voo

DA REPORTAGEM LOCAL

Repita três vezes o mantra de muitos paleontólogos mundo afora: "pterossauros não são dinossauros".
É natural as pessoas confundirem os grupos -afinal, o nome é parecido, e eles conviveram durante mais de 100 milhões de anos-, mas dizer que os pterossauros eram dinossauros é mais ou menos a mesma coisa que afirmar que os jacarés de hoje também o são.
Na verdade, todos esses bichos -jacarés, dinossauros e pterossauros- provavelmente descendem de um ancestral comum que viveu no começo do Triássico, há quase 250 milhões de anos. Juntos, eles são conhecidos como arcossauros.
Embora facilite o entendimento chamar os pterossauros de "répteis voadores", eles tinham um estilo de vida bem distinto de qualquer réptil de hoje. Para começar, muitos, ou talvez todos, tinham o corpo coberto de pelos eriçados, que o paleontólogo Alexander Kellner compara às cerdas de uma vassoura. Isso, mais o metabolismo (funcionamento do organismo) acelerado necessário para voar, indicam que os pterossauros tinham sangue quente, como os mamíferos de hoje.
Análises do interior do crânio (via tomografia computadorizada) e das membranas que foram preservadas mostram que os bichos conseguiam ajustar de forma precisa a posição e até o formato das asas em pleno voo.
A chapada do Araripe, no Nordeste brasileiro, é fonte de alguns dos fósseis mais importantes do grupo no mundo. Daí a experiência de Kellner com o grupo, que levou à parceria com os chineses. É o quinto trabalho do grupo em conjunto. (RJL)


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