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USP comemora centenário de José Reis
Jornalista e cientista, considerado pai da divulgação de ciência no Brasil, completaria cem anos hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalista e cientista José
Reis (1907-2002), o brasileiro
que mais fez pela divulgação da
ciência, será homenageado hoje na USP, em comemoração ao
centenário do seu nascimento.
E será do jeito que ele gostava:
de modo informal, descontraído, quase boêmio.
Às 19h deve começar a Revista Lítero-Musical Biologíadas
no auditório Lupe Cotrim, da
Escola e Comunicações e Artes
(ECA/USP). O nome é uma paródia de "Os Lusíadas", usado
por Reis e seus colegas pesquisadores do Instituto Biológico
para suas reuniões.
O evento é uma iniciativa do
Núcleo e Cátedra Unesco José
Reis de Divulgação Científica
da ECA/USP, coordenados pelos professores Ciro Marcondes Filho, seu titular, Glória
Kreinz e Crodowaldo Pavan.
Reis ganhou justamente da
Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura), em 1975, o
Prêmio Kalinga pela sua dedicação à divulgação de ciência,
expressa em milhares de textos, publicados pela Folha desde 1947 até praticamente sua
morte, em 2002.
"J. Reis", como assinava seus
textos na Folha, tornou-se nome de prêmio ainda em vida. O
CNPq (Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) concede anualmente o Prêmio José Reis de
Divulgação Científica a instituições, jornalistas e cientistas.
"Ele foi um dos professores
mais importantes e queridos
da USP", diz Pavan, geneticista
emérito e amigo de longa data
de José Reis.
O encontro de hoje terá música -Reis era grande fã de
MPB- e poesia -ele também
escrevia poemas.
As comemorações devem
continuar na próxima reunião
anual, no mês que vem em Belém, da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), entidade que teve Reis entre seus fundadores, além de
ter sido seu primeiro secretário-geral.
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