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CIÊNCIA
Falha mantém robô Sojourner emperrado
das agências internacionais
Uma falha impediu o robô Sojourner de começar a estudar a rocha Yogi, a segunda de uma série
de pedras que devem ser analisadas por ele.
Segundo Richard Cook, gerente
da missão, uma falha na comunicação entre os operadores de Terra
e a sonda levaram o Sojourner a
permanecer emperrado na rocha.
De acordo com ele, o robô não
conseguiu receber as novas instruções porque os controladores do
Laboratório de Propulsão a Jato da
Nasa (JPL) ligaram o receptor da
sonda Pathfinder 11 minutos depois de os comandos terem sido
enviados. O robô é controlado a
partir da Terra.
"Um erro nos custou uma tarde
inteira de estudos", disse Brian
Muirhead, subdiretor do projeto.
O novo incidente acontece depois de o Sojourner ter colidido
contra a Yogi. Ele se dirigiu em sua
direção mais rápido do que o previsto e uma de suas rodas traseiras
subiu na rocha, fazendo com que
ficasse preso a ela.
Os cientistas pretendem desvencilhar o robô tão logo quanto possível para que possam colocá-lo
em contato com a Yogi.
O contato entre o instrumento
chamado espectômetro de raios X
e a rocha é fundamental para que
ele consiga analisar a sua composição físico-química.
O Sojourner foi concebido originalmente para operar por sete
dias. A Pathfinder, por um mês.
Mas, segundo a Nasa, ambos poderão funcionar por mais tempo.
O Sojourner é movido a baterias.
Um painel solar vai fornecer energia extra quando as baterias acabarem. Eles consideram que o dia
perdido não atrapalhará a missão.
"É um tipo de erro que preocupa
qualquer um. Mas não é perigoso
para a missão. Mas devemos ser
um pouco mais cuidadosos."
Primeira semana
Os pesquisadores comemoraram ontem a primeira semana da
missão em Marte.
"Foi uma semana realmente
fantástica, além de nossos sonhos", disse Matthew Golombeck,
um dos cientistas do projeto.
Segundo Norman Hayes, diretor
do projeto Marte do JPL, a Pathfinder atingiu quatro objetivos:
1. Provou que a nova política
"rápido, melhor e barato" funciona,
2. Provou que um sistema alternativo de pouso -os airbags-
funciona,
3. Mostrou que veículos-robôs
são capazes de operar em Marte e
4. Conseguiu recolher uma enorme quantidade de dados.
Cientistas da Nasa disseram que
as futuras futuras missões a Marte
deverão pousar em áreas cujo terreno é mais acidentado do que a
Ares Vallis -local onde a sonda
pousou- para que "encontrem a
história geológica marciana exposta".
O geólogo Larry Soderblom disse
que o local do pouso era um "sonho geológico" porque os ventos
em Marte foram "limpando" a superfície, o que permitiu revelar as
rochas mais antigas, que podem,
segundo eles, conter evidências de
vida no passado do planeta.
"A areia marciana do tempo estão sendo retiradas", disse.
O diretor de projetos da Nasa
Anthony Spear criticou os "chamados especialistas que o avisaram que a sonda não iria funcionar".
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