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Projeto de hotel espacial começa a sair do papel com nave de testes
Lançamento mantido em segredo até ontem deve ocorrer hoje em base russa
DA ASSOCIATED PRESS
O sonho de um empresário
do ramo de hotelaria de construir uma estação espacial comercial inflável deve dar hoje o
primeiro passo em direção à
realidade -ou começar a afundar de vez. Um lançamento
mantido em segredo durante
meses vai colocar em órbita um
satélite para testar a tecnologia
a ser usada no projeto.
A missão vai explorar a viabilidade do plano de Robert Bigelow de colocar o complexo espacial para funcionar em 2015.
O projeto consiste de módulos
infláveis conectados como um
cordão de salsichas. A estação
poderá servir como hotel, laboratório, faculdade ou centro de
entretenimento.
A decolagem do orbitador
Genesis 1 é patrocinada pela
empresa Bigelow Aerospace
(www.bigelowaerospace.
com) e marca o começo da tentativa de entrar no incipiente
mercado dos vôos espaciais tripulados. Essa primeira missão
aluga infra-estrutura de lançamento da Roskosmos, a agência espacial russa. A nave será
transportada por um míssil balístico convertido em foguete.
Bigelow, que fez fortuna com
a cadeia de hotéis Budget Suites of America, nascida em las
Vegas, manteve em segredo a
hora e o dia do lançamento do
protótipo. A Roskosmos, porém, revelou que a partida da
nave deve ocorrer hoje na base
de mísseis de Dombarovsky, no
sul dos Montes Urais.
A Genesis 1 é um modelo em
miniatura (escala de um terço)
do projeto da futura estação espacial comercial. Ela está equipada com 13 câmeras internas
e externas para filmar e fotografar a Terra.
Os módulos infláveis orbitais
são feitos de diversos materiais
flexíveis e resistentes -incluindo a fibra kevlar, usada
em coletes à prova de bala- para agüentar o impacto com
fragmentos de lixo cósmico.
A tecnologia já havia sido
pesquisada pela Nasa nos anos
1990 em um estudo conceitual
de viagens para Marte. A agência espacial dos EUA, porém,
abandonou a nova abordagem
por considerá-la cara.
O projeto de Bigelow foi orçado em US$ 500 milhões, dos
quais US$ 75 milhões já foram
gastos. No segundo semestre, o
empresário deve lançar uma
nova espaçonave de testes.
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