DA REDAÇÃO

O aquecimento global matou 150 mil pessoas no ano 2000, e essa mortalidade induzida pelo efeito estufa agravado pode dobrar nos próximos 30 anos, anunciou em Milão a OMS (Organização Mundial da Saúde). O anúncio se deu durante a nona reunião dos países integrantes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP-9.
Só a onda de calor na Europa, neste ano, causou a morte de 20 mil pessoas, disse a OMS ao lançar livro sobre problemas de saúde pública relacionados ao aquecimento. A mudança climática está ligada à emissão de gases, como dióxido de carbono (CO2).
O estudo da OMS também afirma que outros 5,5 milhões de anos saudáveis de vida são subtraídos da população, a cada ano, como resultado de doenças incapacitantes causadas pelo clima.

Proposta brasileira
Pesquisadores brasileiros e americanos apresentaram ontem na COP-9 proposta para reduzir o desmatamento em florestas tropicais mediante compensação financeira da comunidade internacional, em evento promovido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). A proposta havia sido publicada pela Folha em 23 de novembro.
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, disse no evento, segundo comunicado do Ipam, que "a proposta contém conceitos inovadores e instigantes, que devem ser discutidos internamente e no âmbito das convenções da ONU sobre mudança climática e diversidade biológica".
O desmatamento representa cerca de 25% das emissões globais de carbono, enquanto 75% delas decorrem da queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo. O Brasil é o país com os maiores índices de derrubada.