São Paulo, sábado, 12 de dezembro de 2009

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EUA defendem mais pressão em emergentes

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Construtiva, mas insuficiente. Foi assim que os EUA definiram a nova proposta de acordo do clima -sobretudo, por desobrigarem os países em desenvolvimento.
"O texto é um passo construtivo", começou Todd Stern, enviado da Casa Branca para mudanças climáticas. "Mas os EUA não veem a parte de corte de emissões como base de negociação, e não cremos que ela possa ter resultados consistentes."
Ao dizer que "os EUA não vão fazer um acordo sem os grandes países desenvolvidos se comprometerem a tomar ação efetiva", Stern reafirma que seu país não quer se comprometer sozinho com uma meta de cortes sem China, Índia e Brasil fazerem o mesmo. E que tampouco pagará para que esses países convertam suas economias de forma a reduzir emissões.
Para Luiz Alberto Figueiredo, principal negociador do Brasil, o que Washington quer é se desobrigar de meta.
Ainda assim, ele classificou a recepção do texto como "em geral boa", embora com críticas do chamado "grupo guarda-chuva", formado, entre outros, por EUA, Austrália, Canadá e Japão. "Como o texto que nós temos sobre a mesa tem como pressuposto a continuação do Protocolo de Kyoto, esse grupo mostrou [resistência]."
Ontem Japão e Austrália se opunham ao texto de Cutajar e Figueiredo. A proposta, se aprovada hoje pelos diplomatas, será analisada por ministros que se reúnem no domingo -incluindo a brasileira Dilma Rousseff. (LC e CA)


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