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EUA defendem mais pressão em emergentes
DOS ENVIADOS A COPENHAGUE
Construtiva, mas insuficiente. Foi assim que os EUA
definiram a nova proposta de
acordo do clima -sobretudo,
por desobrigarem os países
em desenvolvimento.
"O texto é um passo construtivo", começou Todd
Stern, enviado da Casa Branca para mudanças climáticas.
"Mas os EUA não veem a
parte de corte de emissões
como base de negociação, e
não cremos que ela possa ter
resultados consistentes."
Ao dizer que "os EUA não
vão fazer um acordo sem os
grandes países desenvolvidos se comprometerem a tomar ação efetiva", Stern reafirma que seu país não quer
se comprometer sozinho
com uma meta de cortes sem
China, Índia e Brasil fazerem
o mesmo. E que tampouco
pagará para que esses países
convertam suas economias
de forma a reduzir emissões.
Para Luiz Alberto Figueiredo, principal negociador
do Brasil, o que Washington
quer é se desobrigar de meta.
Ainda assim, ele classificou a recepção do texto como
"em geral boa", embora com
críticas do chamado "grupo
guarda-chuva", formado, entre outros, por EUA, Austrália, Canadá e Japão. "Como o
texto que nós temos sobre a
mesa tem como pressuposto
a continuação do Protocolo
de Kyoto, esse grupo mostrou [resistência]."
Ontem Japão e Austrália
se opunham ao texto de Cutajar e Figueiredo. A proposta, se aprovada hoje pelos diplomatas, será analisada por
ministros que se reúnem no
domingo -incluindo a brasileira Dilma Rousseff.
(LC e CA)
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