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COLUMBIA
Comissão que apura causas do acidente não seria suficientemente independente, sugerem congressistas dos EUA
Parlamentares questionam investigação
DA REDAÇÃO
Dois comitês do Congresso
norte-americano questionaram
ontem o diretor da Nasa, Sean
O'Keefe, sobre o grau de independência da comissão que investiga
a destruição do ônibus espacial
Columbia. Para os congressistas,
o grupo tem ligações demais com
setores do governo próximos da
agência espacial dos EUA, o que
poderia afetar sua isenção.
Dos nove membros do grupo,
cinco são militares reformados ou
na ativa, dois trabalham para o
Departamento de Transportes,
um é funcionário da Nasa, e o último a ser incluído é ex-presidente
de uma empresa fornecedora de
material bélico. "Temos de confrontar a retórica [de O'Keefe sobre a independência da comissão]
com fatos", disse o deputado democrata Bart Gordon (oposição).
O'Keefe foi arguido pelo Comitê
de Comércio, Ciência e Transportes do Senado e pelo Comitê de
Ciência da Câmara dos Representantes. Deputados e senadores
criticaram também o fato de que a
comissão de investigação tenha
sido nomeada pela Nasa.
Republicanos e democratas enfatizaram a necessidade de incluir
cientistas e membros sem conexões governamentais na comissão. Alguns sugeriram que a equipe de investigadores fosse inteiramente modificada, nos moldes da
comissão que investigou o desastre do ônibus espacial Challenger,
em 1986. Os investigadores do
Challenger estavam subordinados à Casa Branca -algo que
O'Keefe estaria tentando evitar.
O diretor da Nasa reafirmou aos
congressistas sua confiança na independência dos membros da comissão. "Nós vamos identificar o problema que provocou a perda
do Columbia, vamos consertá-lo
e vamos voltar a voar de forma tão
segura quanto seja humanamente
possível", afirmou O'Keefe.
A Nasa revelou ontem o conteúdo de gravações feitas nos minutos finais antes do acidente. As fitas contêm as falas entre os operadores no controle de vôo, que não se deram conta da gravidade da
situação até interromper-se toda
a comunicação com o Columbia.
Enquanto os ônibus espaciais
não voltarem à ativa, a Rússia sugeriu diminuir para duas pessoas
a tripulação da Estação Espacial
Internacional, como forma de
economizar viagens de transporte
de astronautas e de suprimentos.
Com agências internacionais
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