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CÉREBRO
Estudo pode ajudar a entender doenças mentais
Terapia gênica transforma macaco preguiçoso em trabalhador dedicado
DA REUTERS
Macacos procrastinadores foram transformados em "workaholics" por um tratamento genético que bloqueia um composto-chave no cérebro, afirmam pesquisadores norte-americanos.
Impedindo determinadas células de receber dopamina (um
mensageiro químico do cérebro),
os cientistas conseguiram fazer
com que os animais se dedicassem mais a determinadas tarefas e
as desempenhassem melhor.
A equipe liderada por Barry
Richmond, do Instituto Nacional
de Saúde Mental, usou uma nova
técnica para bloquear o gene D2.
Segundo Richmond, esse gene
traz a receita para a produção de
uma molécula que funciona como porta de entrada da dopamina (molécula associada a recompensa) nos neurônios.
"O desligamento do gene transformou a ética símia do trabalho.
Como muitos de nós, macacos
normalmente se desanimam em
trabalhar por um objetivo que está distante", disse o pesquisador.
Em seu estudo, publicado na revista "PNAS" (www.pnas.org),
Richmond usou macacos resos,
que tinham de puxar uma alavanca em resposta a projeções numa
tela, ganhando uma gota d'água
como recompensa pelos acertos.
"Eles trabalham com menos erros quando a recompensa se
aproxima. Mas, sem o receptor de
dopamina, ficaram consistentemente focados na tarefa, porque
não podiam prever como seu trabalho iria recompensá-los", disse.
Compreender a biologia da relação entre trabalho e recompensa é importante, segundo o cientista, porque essa associação é
perturbada em doenças mentais
como a esquizofrenia.
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