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Nasa não tem verba para caçar asteroides mortais, diz relatório
Dos 20 mil astros que podem ameaçar o planeta, só 6.000 foram identificados
DA ASSOCIATED PRESS
A Nasa deveria ficar de olho
em quase todos os asteroides
que ameaçam a Terra, mas não
tem verba para isso, indica um
relatório da Academia Nacional de Ciências dos EUA.
Embora tenha dado essa tarefa à agência espacial americana, o Congresso dos Estados
Unidos nunca aprovou o financiamento para a construção dos
telescópios necessários ao monitoramento de 90% das rochas espaciais com potencial de
causar uma catástrofe caso
atinjam a Terra. Elas deveriam
ser identificadas até 2020.
A agência estima que cerca
de 20 mil asteroides e cometas
no Sistema Solar com mais de
140 metros de diâmetro sejam
ameaças à Terra. Até agora,
6.000 deles estão mapeados.
No mês passado, os astrônomos foram surpreendidos pela
colisão de um objeto de tamanho e origem desconhecidos
com Júpiter. E filmes-catástrofe há anos alertam as pessoas
sobre a ameaça dos chamados
Neos (sigla em inglês para objetos próximos da Terra).
Ninguém olhando
Mas, quando se trata de fazer
algo a respeito, diz a academia,
"tem havido um esforço relativamente baixo do governo
americano". E o governo americano é praticamente o único
que está fazendo algo.
A Nasa calculou que monitorar os asteroides como a lei exige demandaria US$ 800 milhões entre agora e 2020, com a
construção de um sistema de
observação em terra ou no espaço. Com US$ 300 milhões, já
poderia encontrar a maior parte dos asteroides com mais de
305 metros de diâmetro. Mas
até agora o dinheiro não veio.
E pode não vir nunca, disse
John Logsdon, professor de política espacial da Universidade
George Washington. "O programa é um pato manco", disse.
Não há nenhum grupo grande o
bastante pressionando para
que o dinheiro saia, afirmou.
Até agora, a Nasa já identificou cinco Neos que têm mais
do que uma chance em 1 milhão
de atingir o planeta e causar danos sérios. Os pedregulhos espaciais para os quais os astrônomos estão mais alerta são
um asteroide de 131 metros que
tem uma chance em 3.000 de
atingir a Terra em 2048 e Apófis, uma rocha com o dobro desse tamanho que tem uma chance em 43 mil de cair sobre o planeta em 2036, 2037 ou 2069.
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