São Paulo, domingo, 13 de setembro de 1998

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O gato "vivo e morto" de Schrödinger

especial para a Folha

Em 1935, o físico austríaco Erwin Schrödinger idealizou um experimento hipotético para demonstrar seu descontentamento com a recém-criada mecânica quântica.
Seu virtual "gato de Schrödinger" é um felino aprisionado em uma caixa hermeticamente fechada, com um sistema perverso: um vidro com gás mortal, um martelo acionado por um detector de radiatividade e um átomo radiativo.
O átomo teria 50% de chance de emitir uma partícula radiativa em um certo intervalo de tempo. Se isso ocorresse, o martelo, sob a ação do detector, quebraria o vidro com veneno e o animal morreria.
Para Schrödinger, o paradoxo estava na impossibilidade de a teoria determinar se o gato estaria vivo ou morto, pois o átomo teria outros 50% de chance de não emitir radiatividade, evitando o acionamento do martelo.
Essa impossibilidade teórica de se determinar um fenômeno físico era uma consequência da interpretação da teoria quântica pregada pela escola de Copenhague, liderada pelo físico dinamarquês Niels Bohr.
O gato de Schrödinger permaneceria nesse estado "misto" até que alguém resolvesse abrir a caixa para verificar (ou efetuar uma medida, como preferem os físicos). (CLV)



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